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Capital

Déficit de R$ 46 milhões emperra construção de novos residenciais

Michel Faustino | 18/08/2015 17:27
Diretor-presidente da Emha diz que construção de novas unidades habitacionais ficam comprometidas por conta do deficit milionário de arrecadação (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)
Diretor-presidente da Emha diz que construção de novas unidades habitacionais ficam comprometidas por conta do deficit milionário de arrecadação (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)

O diretor-presidente da Emha (Agência Municipal de Habitação), Enéas Carvalho, revelou durante depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Contas Públicas, instaurada na Câmara Municipal para apurar a situação financeira do município, que a agência acumula um déficit de R$ 46 milhões na arrecadação, o que impossibilita a construção de novos residenciais.

Enéas lembrou que em 2010, enquanto diretor de fiscalização da Emha, alertou os gestores da probabilidade dos altos índices de inadimplência se tornarem uma “bola de neve”, vindo a se tornar prejudicial. Situação demostrada em um estudo elaborado por uma equipe técnica.

Diante desta situação, Enéas disse que Campo Grande se tornou totalmente dependente do Governo Federal ressaltando que há quase dez anos a cidade está “parada” quanto a construção de novas unidades habitacionais.

“Essas questões passaram desapercebidas pelos gestores e infelizmente se tornou um problema crônico. Se tivéssemos metade deste valor devido a gente teria como ser autossuficiente e avançarmos no que tange a construção de casas populares”, disse.

Questionado sobre as medidas que a agência vem tomado na tentativa de ajustar essas questões, Enéas afirmou, que desde janeiro deste ano, quando assumiu a Emha, algumas ações foram realizadas para recuperar estes valores, entre elas, a notificação extrajudicial de 533 mutuários inadimplentes, o que resultou na arrecadação de aproximadamente R$ 3,5 milhões.

Além disso, a pasta realizou a contratação do Serviço de Proteção ao Crédito, para negativar os maus pagadores, bem como estuda a possibilidade de terceirizar o trabalho de cobrança.

“Nós estamos trabalhando para tentar reverter esta situação, mas a gente tem um quadro restrito. Por isso, estamos pensando em terceirizar este serviço. São cerca de 30 mil imóveis ativos e temos que trabalhar em cima disso”, finalizou.

CPI - O objetivo desta investigação é identificar quais são as razões para que a prefeitura de Campo Grande chegasse a eta crise financeira, levantando se um dos motivos é o aumento de 40,34% na folha de pessoal do executivo, ocorreu or aumentos salariais praticados pelas gestões anteriores ou devido à nomeação de comissionados por parte do atual prefeito Gilmar Olarte (PP).

Já passaram pela CPI os secretários municipais Jamal Salem (Saúde), Wilson do Prado (Administração), Cícero Ávila (Funsat), José Eduardo Amâncio da Mota (Funesp), Janete Belini D’Oliveira (Assistência Social), Elizabeth Félix (Agetran), Valdir Gomes (Semadur) e Liz Derzi (Mulher).

Novos Depoimentos - No dia 28 de agosto o convocado é o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação, Valtemir Alves de Brito, às 9h, na Câmara Municipal.

Dia 1ª de setembro, as 14h, o titular da Secretaria Municipal de Governo e Relações Institucionais, Paulo Cesar de Matos Oliveira.

No dia 2 de setembro o convocado é André Luiz Scaff, Secretário Municipal de Planejamento, Finanças e Controle, a partir das 14h, também na Câmara Municipal.

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