Empresa de locação de veículos é alvo da PF em operação contra superfaturamento
Operação comandada pela PF de MT cumpre mandados na apuração de desvio de R$ 1,3 milhão
A equipe da PF (Polícia Federal) e da CGU (Controladoria Geral da União) cumpriu mandados de busca e apreensão em empresa de locação de veículos na Avenida Fernando Correa da Costa, em Campo Grande, na deflagração da Operação Portare, que apura esquema de superfaturamento na contratação de veículos para o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI-Cuiabá).
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A Polícia Federal e a Controladoria Geral da União deflagraram a Operação Portare, que investiga esquema de superfaturamento na contratação de veículos para o Distrito Sanitário Especial Indígena em Cuiabá. O prejuízo aos cofres públicos é estimado em R$ 1,3 milhão. A operação cumpre mandados em sete cidades brasileiras, incluindo Campo Grande, onde uma empresa de locação de veículos foi alvo de buscas. As investigações apontam irregularidades em contratos emergenciais realizados em 2023 e 2024, além de possível favorecimento e pagamento de vantagens indevidas a servidores públicos.
O prejuízo ao erário, segundo informações da PF de Mato Grosso, é de R$ 1,3 milhão. Três mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Capital. A PF ficou cerca de 2h no prédio e não falou com a imprensa.
Segundo dados da Rede Sim, a empresa Cunha Locacao Servicos & Transportes Ltda, foi constituída em maio de 2014, com capital social de R$ 30,5 milhões. Tem como principal atividade serviço de transporte de passageiro, com locação de automóveis com motorista.
Os funcionários chegaram por volta das 8h e alguns saíram em seguida. A reportagem tentou falar com o proprietário da empresa, Eder Lincoln Gonçaves da Cunha, mas a informação é que ele não estava no local. Um advogado também chegou, mas não quis fazer qualquer declaração.
Além de Campo Grande, os mandados são cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis (MT), Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), e Boa Vista (RR).
As investigações começaram após denúncias anônimas, que apontavam inexecução contratual e indícios de favorecimento à empresa contratada, além de fraudes e acertos prévios entre agentes públicos e empresários. A contratação investigada foi feita em caráter emergencial nos anos de 2023 e 2024, período em que os pagamentos teriam sido realizados mesmo com evidências de superfaturamento e serviços não prestados.
Segundo a PF, servidores do DSEI-Cuiabá teriam recebido vantagens indevidas para beneficiar empresas específicas nas licitações. Um dos contratos investigados é uma licitação homologada em 2025, para locação de veículos, com proposta vencedora no valor de R$ 25 milhões. Nesse certame, também foram encontrados novos indícios de irregularidades.
A operação Portare busca aprofundar as investigações e responsabilizar os envolvidos por atos de corrupção, fraudes licitatórias e desvio de recursos públicos, com foco na proteção do patrimônio destinado à saúde indígena.
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