Estelionatárias usavam CPF de mulher morta para aplicar golpes
As mulheres faziam compras online, retiravam a mercadoria e depois suspendiam o pagamento

Suspeitas de aplicar golpes em loja de material de construção utilizando até o CPF de uma mulher que já faleceu, duas mulheres de 29 e 34 anos foram presas nesta quinta-feira (25) em Campo Grande. Uma delas foi detida por policiais do GOI (Grupo de Operações e Investigações) na própria loja de roupas. Os golpes começaram no dia 17 de junho.
A dona de uma loja de materiais de construção contou que faz a venda dos seus produtos também via WhatsApp e vinha sofrendo, em datas diferentes, diversos golpes virtuais. Os golpistas, segundo relatos dela à polícia, faziam a compra online e depois da entrega suspendiam o pagamento com a operadora do cartão.
Ontem, a lojista recebeu a informação de uma nova tentativa de compra com o mesmo modo de agir e acionou a Polícia Civil, que foi até a loja para fazer o monitoramento. Logo depois da confirmação da compra, um homem foi ao estabelecimento buscar os produtos. Ele foi abordado e ao ser questionado pelos policiais disse que havia sido contratado para ir buscar dois ares-condicionados.
Os produtos seriam entregues numa loja de roupas na Avenida das Bandeiras. Os investigadores acompanharam a entrega e conseguiram abordar as duas autoras. Indagadas, as responsáveis pelas compras confessaram dizendo que os produtos, de golpes anteriores, já haviam sido vendidos pelo Facebook. Para fazer as compras, as autoras utilizavam os dados pessoais de outras pessoas e de até de uma mulher que já faleceu.
No total, foram entregues para as golpistas 40 latas de tintas, 30 telhas Eternit e cabos flexíveis. Em uma das compras, a autora chegou a ir pessoalmente retirar os produtos. À tarde, retornou novamente na loja. Fato comprovado pelas câmeras de segurança da empresa. Uma receptadora de 35 anos também foi presa. As envolvidas foram levadas para a Depac/Cepol). As mulheres passarão por audiência de custódia na manhã desta sexta-feira (26) no Fórum, para definir se ficarão presas esperando o andamento do inquérito e posterior processo ou se poderão responder em liberdade.