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Capital

Fios desordenados em postes, um emaranhado ainda sem solução

Não há normas que limitam a quantidade de fios e cabos em cada poste

Osvaldo Júnior e Bruna Kaspary | 22/12/2017 18:28
Quantidade elevada de fios e cabos são colocados em postes de Campo Grande (Foto: Paulo Francis)
Quantidade elevada de fios e cabos são colocados em postes de Campo Grande (Foto: Paulo Francis)

Basta olhar para cima para poluir as vistas com a imagem confusa de fios que se amontoam, desordenadamente, em postes de Campo Grande. Sem normas específicas que limitam o uso, as empresas de energia e telefonia acumulam quantidade irrestrita de fios e cabos nessas estruturas. O resultado são emaranhados, que têm a desaprovação popular tanto pela estética quanto pelos riscos que oferecem.

“É horrível! Pra mim, isso é desleixo. Essa imagem [de fios amontoados] prejudica bastante a cidade”, opinou Cíntia Lemos, 23 anos, que trabalha com Tecnologia da Informação. “Às vezes, vejo caminhão, que vêm descarregar mercadorias nas lojas, que não conseguem passar, por causa de um monte de fios baixos”, acrescentou.

Pensamento semelhante tem Ingrid Yamazato, 18 anos, que atua na área de contabilidade. Para ela, fios dependurados para todos os lados prejudicam a imagem da região central de Campo Grande. “É muito fio exposto aqui no Centro. Isso faz com que aqui seja um dos lugares mais feios da cidade na minha opinião”, considerou a jovem. Ela também sugeriu investimentos em fiação subterrânea.

Fios desordenados em postes, um emaranhado ainda sem solução

“Esse amontoado de fios parece um ninho de passarinho. Além de feio, é muito perigoso.”

Elisângela Sandim, 38 anos

Fios desordenados em postes, um emaranhado ainda sem solução

"Com tantos fios amontoados, o Centro é um dos lugares mais feios de Campo Grande."

Ingrid Yamazato, 18 anos

“Parece um ninho de passarinho”, comparou a dona de casa Elisângela Sandim, 38 anos. Ela mora no Estrela Dalva e diz que em seu bairro, o problema é acentuado. “Acho muito perigoso, pode ter risco de curto-circuito ou algo assim”, acredita a dona de casa.

A gravidade é maior em dia de chuva, conforme nota a aposentada Irma Rocha, 65 anos. “Em dia de temporal, chega a sair faísca dos fios. Dá muito medo”, contou. “Essa árvore já foi até queimada por causa disso”, acrescentou, mostrando uma árvore relativamente baixa e próxima de fios elétricos.

Emaranhado de fios em poste no Centro de Campo Grande (Foto: Paulo Francis)
Emaranhado de fios em poste no Centro de Campo Grande (Foto: Paulo Francis)

Normas – Os postes pertencem às concessionárias de energia, que podem partilhá-los com empresas de telefonia, conforme normas estabelecidas pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) em resolução conjunta com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

Resolução de dezembro de 2014 estabelece como referência o preço de R$ 3,19 para compartilhamento de postes entre distribuidoras de energia elétrica e prestadoras de serviços de telecomunicações. A medida é usada para evitar conflitos no uso de postes. A cobrança é feita pelas distribuidoras de energia elétrica e o valor corresponde a um ponto de fixação.

A Energisa acrescentou que cada poste deve comportar, no máximo, “quatro empresas para o compartilhamento de infraestrutura”. Apesar desse limite da quantidade de empresas que dividem os postes, não há restrição quanto ao número de fios permitidos para cada um delas.

Quanto a investimentos para melhorar a disposição dos fios e cabos nos postes, a Energisa respondeu que isso depende das empresas de telefonia. “Os cabeamentos de telecomunicação lançados em nossos postes são de propriedade das empresas de telefonia, sendo a previsão de investimentos parte da diretriz estratégica de cada empresa de telecomunicação”, justificou.

O uso irregular dos postes, no entanto, pode resultar em retirada, sem necessidade de aviso, dos fios. “As concessionárias de energia podem efetuar a retirada das ocupações irregulares sem aviso prévio às empresas envolvidas, subsidiando a ação das concessionárias de distribuição de energia na regularização das ocupações indevidas”, afirmou a Energisa, mencionando resolução da Aneel.

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