Gerente foge ao ver polícia e duas funcionárias são levadas para delegacia
Hoje, polícia foi às lojas investigadas por venda de calçados falsificados após denúncias de comerciantes
O gerente das quatro lojas, da mesma rede, investigadas pela venda de calçados falsificados, fugiu ao ver a viatura policial em frente aos estabelecimentos na manhã desta quinta-feira (22), no Centro de Campo Grande. Duas funcionárias foram conduzidas para a delegacia de polícia.
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Polícia Civil realiza operação contra venda de calçados falsificados em quatro lojas do Centro de Campo Grande. Durante a ação, o gerente dos estabelecimentos fugiu ao avistar viaturas policiais, e duas funcionárias foram conduzidas à delegacia. As lojas, que são reincidentes, já haviam sido fiscalizadas em fevereiro, quando foram apreendidos mais de 30 mil pares de calçados falsificados. A denúncia partiu de comerciantes regulares que se sentiram prejudicados. O Procon acompanha a operação e interditará dois estabelecimentos.
O delegado Reginaldo Salomão, Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), explicou que, apesar de o dono dos estabelecimentos não estar no local, os funcionários estão praticando a venda ilegal e, consequentemente, devem responder por crime.
As lojas são reincidentes, sendo que já foram fiscalizadas em fevereiro deste ano, ocasião em que a polícia apreendeu mais de 30 mil pares de calçados falsificados. No entanto, os estabelecimentos continuaram com as vendas. "A denúncia partiu de um grupo de comerciantes, que tem documentação, recolhe imposto, registra funcionário, tudo certinho, e se sentiu prejudicado", disse Salomão.
As lojas das Ruas 15 de Novembro, Dom Aquino, 14 de Julho e da Avenida Afonso Pena são vistoriadas. Um caminhão estava no local para apreender os produtos. O Procon, que acompanha a operação, interditará os estabelecimentos que ficam na 15 de Novembro e Afonso Pena.
Em fevereiro, o gerente de uma das lojas vistoriadas, que preferiu não dizer o nome, disse que foi contratado por alguém de São Paulo, mas nunca viu qualquer proprietário. "Os produtos já chegam contados, só para eu conferir. Eles dizem que está lançado no sistema já, tudo tabelado, não tem promoção, é só preço fixo".
O delegado Salomão explicou que essa situação se repete em todos os estabelecimentos verificados. "Essas pessoas [funcionários] não tem nenhuma segurança de trabalho, porque o que a gente apurou que são empresas de fachada, então, se ela amanhã ou depois tiver uma reclamação trabalhista nem vai achar o proprietário, que nem mora em Mato Grosso do Sul", explicou o delegado.
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