Mãe denuncia demora em cirurgia para bebê com cardiopatia grave
Criança nasceu com cardiopatia grave e tumor na cabeça e família denuncia demora na cirurgia
A contadora Geisiane Zanatto, de 35 anos, mãe da bebê Lorena, que nasceu no Hospital Santa Casa de Campo Grande em 9 de junho relata a luta para conseguir a cirurgia cardíaca urgente para a filha, diagnosticada ainda na gestação com atresia tricúspide grau 2, cardiopatia congênita grave, e um teratoma (tumor) na cabeça.
RESUMO
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Bebê com cardiopatia congênita grave aguarda cirurgia cardíaca urgente na Santa Casa de Campo Grande. Lorena, nascida em 9 de junho, foi diagnosticada com atresia tricúspide grau 2 e teratoma na cabeça ainda durante a gestação. Apesar do plano de saúde IMPCG garantir o atendimento, a família enfrenta atrasos devido a complicações, incluindo uma parada cardíaca durante exame e infecção neonatal. O hospital afirma que a cirurgia está em fase de planejamento e será realizada quando houver segurança para o procedimento.
Segundo Geisiane, apesar do plano de saúde garantir o atendimento, desde o nascimento Lorena está acompanhada apenas por plantonistas neonatais, sem o acompanhamento contínuo de um cirurgião cardíaco pediátrico.
A cirurgia, prevista para os primeiros dias de vida, ainda não foi realizada, e a família enfrenta atrasos causados por uma série de fatores, como a priorização da realização de ressonância magnética para avaliação do teratoma e complicações como parada cardíaca durante o exame, além de uma infecção neonatal que demandou sete dias de antibióticos.
“Minha filha está pronta para a cirurgia, conforme o exame de coagulação que saiu no dia 2 de julho. Mas seguimos aguardando o agendamento, enquanto ela permanece na UTI [Unidade de Terapia Intensiva] neonatal correndo risco de infecção. O plano de saúde assegura o suporte, mas não há um cirurgião pediátrico acompanhando”, afirma.
A família espera que a cirurgia seja realizada o quanto antes, Lorena precisará passar por três procedimentos até os três anos de idade. “Minha filha precisa de ação, de cuidado, de urgência. Minha filha precisa de respeito à vida. É impossível descrever a angústia de uma mãe que vê a filha pronta para lutar pela vida, mas presa numa espera injustificável, porque o convênio não tem uma cirurgiã cardiologista pediatra”, desabafa a mãe.
Em nota, a Santa Casa de Campo Grande afirmou que a paciente é acompanhada desde o nascimento por uma equipe multidisciplinar composta por cardiologistas pediátricos, neonatologistas, cirurgiões pediátricos e neurocirurgiões, seguindo protocolos rigorosos.
Segundo o hospital, a cirurgia cardíaca necessária, que é de alta complexidade, está em fase de planejamento para garantir o melhor cuidado possível. A cirurgia foi adiada temporariamente devido a uma infecção neonatal e à necessidade de realização de exames para avaliação do quadro clínico. Um neurocirurgião avaliou a paciente e recomendou a suspensão da ressonância magnética para preservar a segurança da criança.
O hospital informou que, com a infecção controlada, o cirurgião responsável já foi acionado para definir a data do procedimento. Por se tratar de uma cirurgia de alto risco, a equipe reforça que ela será realizada no momento mais seguro para a paciente.
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