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Capital

Moradores pedem quebra-molas onde homem morreu atropelado no Talismã

Paula Maciulevicius | 07/01/2012 13:22

Vítima voltava para casa com carrinho cheio de frutas quando foi atingida por carro. Motorista fugiu sem se quer prestar socorro

Na mesma pista onde as bananas estão, veículos passam a toda. Perigo para pedestres que passam com carrinhos lotados. (Foto: João Garrigó)
Na mesma pista onde as bananas estão, veículos passam a toda. Perigo para pedestres que passam com carrinhos lotados. (Foto: João Garrigó)

No local cenário de mais um atropelamento, as frutas que “seo” José Antônio Leonardo Vasconcelos, de 48 anos, carregava, ficaram ao chão. Ele voltava do Ceasa para casa com o carrinho cheio quando foi atingido por um carro e morreu na hora. O motorista se quer parou para prestar socorro.

Na mesma pista onde as bananas estão, carros e caminhões passam a toda. Perigo constante para a vizinhança e pedestres como “seo” José Antônio, que passam com carrinhos lotados.

O acidente foi na noite de ontem, na esquina da rua Araçá com a Serra da Bodoquena, do bairro Jardim Talismã. Segundo os moradores o local é bem iluminado e o que faltou foi atenção do condutor. A vítima e o motorista do carro seguiam pela rua Araçá sentido bairro.

“Acredito que o rapaz falava ao celular e não viu. Só que quando atropelou ele fugiu. Daí foi até lá e deu a volta, o pessoal correu tudo atrás” comenta o vizinho Deocélio de Sousa, 41 anos.

O motorista que fugiu sem ao menos prestar socorro conduzia, segundo moradores, um Gol branco, da empresa GP Pneus. O Campo Grande News tentou contato com o estabelecimento, que confirmou estar à par do ocorrido, mas não quis comentar sobre o acidente.

Morador aponta onde carro atropelou a vítima. Os dois seguiam na mesma direção. (Foto: João Garrigó)
Morador aponta onde carro atropelou a vítima. Os dois seguiam na mesma direção. (Foto: João Garrigó)

A rua virou acesso para motoristas que vem da região do Nova Lima para o Centro. A pedido da vizinhança, placas de proibido estacionar caminhões foram colocadas. O trecho do atropelamento não possui placa que indique velocidade máxima permitida e nenhum redutor de velocidade.

“Aqui precisava de um quebra-molas. O pessoal vira e já não respeita mais, vem em alta velocidade. O que junto de gente, de carro, todo mundo estava aqui ontem, mas não teve o que fazer”, acrescenta Deocélio.

A primeira a socorrer José Antônio foi a moradora da casa em frente ao ponto do atropelamento. “Estava lá dentro quando escutei a pancada e corri. Só vi o carrinho dele de lado e o corpo estirado no chão. Quando fui chamar pelo irmão dele, ele já estava botando sangue pela boca”, conta Maria Aparecida Amâncio, 46 anos.

O relato dela não foge do que as testemunhas do acidente narram. “Do jeito que ele bateu, foi passando com tudo. Continuou, fez a volta e os carros que vinham atrás correram atrás dele”, diz.

Além de presenciar inúmeros acidentes, a casa de dona Maria Aparecida já foi palco de muitas batidas. O portão ainda não está arrumado e ela briga na Justiça há dois anos com o último motorista que entrou com o carro para dentro da casa dela.

“Já bateram cinco vezes aqui. Precisava de quebra-molas, um redutor de velocidade, qualquer coisa. Esse de ontem, estava correndo muito”, completa.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros, José Antônio Leonardo Vasconcelos sofreu politraumatismo e morreu na hora.

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