Prefeitura não pagou por obras mal executadas e vai reaplicar dinheiro
O secretário Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação, João Antônio De Marco, foi à Câmara Municipal de Campo Grande nesta quinta-feira (13) para prestar esclarecimentos sobre o andamento das obras na Capital. Durante a reunião, o secretário falou sobre prazos para execução das principais obras, respondendo questionamentos sobre a realização dos serviços.
A vereadora Thais Helena (PT) questionou as obras feitas para conter enchentes, o que caracterizou como desperdício de dinheiro público. A vereadora citou os sacos de areias e barragens de concreto que não solucionaram os problemas das enchentes. Além disso, solicitou prazo de execução das obras, para que a Câmara possa fiscalizar.
Em resposta, o secretário garantiu que as obras que não geraram o resultado esperado não foram pagas pela Caixa Econômica Federal. Desta maneira, o dinheiro que não foi pago será utilizado para investir no controle da erosão do Parque do Sóter. A prefeitura pretende reaproveitar o que for possível.
O secretário informou ainda que não tem como dar prazo de execução do PAC da Mobilidade Urbana, pois a presidenta ainda deve oficializar a liberação dos recursos. Ele lembrou que os R$ 180 milhões do PAC serão utilizados para instalação de três faixas exclusivas para ônibus, na saída para São Paulo e Cuiabá e nas ruas Bandeirantes e Brilhante, incluindo a revitalização de calçadas e instalação de estações de pré-embarque. O projeto da Prefeitura também inclui a instalação de quatro terminais de ônibus: Tiradentes, São Francisco, Cafezais e Parati, além da reforma do terminal Morenão.
De Marco iniciou a reunião explicando que a prefeitura está executando diversas obras do Plano Diretor de Drenagem. Neste segmento, está terminando a quarta barragem do Sóter, já concluiu a galeria da avenida Mato Grosso com a Via Parque e o complexo do Prosa, na avenida Ceará.
O secretário ressaltou ainda que a prefeitura deve concluir as obras de aterro, com construção do lago para reter 15 milhões de litros de água, e o estacionamento do Shopping Campo Grande em novembro, com expectativa de conclusão total em dezembro. Segundo De Marco, as obras demoraram um pouco mais por conta da instalação de uma avenida que vai ligar a rua Mauro Vanderlei a Júlio de Camilo.
O secretário de Obras fez questão de salientar que a prefeitura tem realizado diversas obras incluídas no Plano Diretor de Drenagem. Entretanto, o fato do Município ser muito dinâmico acaba fazendo com que as necessidades não se esgotem. Desta forma, explica que os futuros administradores terão que realizar outras obras para solucionar problemas em outros pontos da cidade.
De Marco também falou sobre as operações de tapa buraco. Ele garantiu que a prefeitura vai continuar com a mesma metodologia, colhendo assinaturas de testemunhas da existência de buracos. Assim, acredita que o trabalho deve ficar um pouco comprometido com o início do período chuvoso.
A vereadora Thaís Helena também cobrou a resposta de um requerimento feito por ela há quase um ano, solicitando um relatório dos serviços de tapa buraco realizados. Ela ressaltou que o executivo tem 30 dias para responder um ofício da Casa, sob risco de responder por improbidade administrativa.
