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Capital

Primeiros guardas com licença para atuação armada iniciam rondas amanhã

Rafael Ribeiro | 21/12/2016 10:31
Região de comércio será a prioridade inicial de patrulhamento dos novos guardas armados (Foto: Divulgação/Prefeitura de Campo Grande)
Região de comércio será a prioridade inicial de patrulhamento dos novos guardas armados (Foto: Divulgação/Prefeitura de Campo Grande)
Prefeito Alcides Bernal (esquerda) pagou R$ 400 mil à PM do MS para comprar primeiro lote de armas da história da Guarda Municipal (Foto: Divulgação/Prefeitura de Campo Grande)
Prefeito Alcides Bernal (esquerda) pagou R$ 400 mil à PM do MS para comprar primeiro lote de armas da história da Guarda Municipal (Foto: Divulgação/Prefeitura de Campo Grande)

Os primeiros 103 guardas civis municipais de Campo Grande diplomados e autorizados para trabalharem armados começarão a fazer o patrulhamento das ruas da cidade a partir desta quinta-feira (22), segundo o secretário Municipal de Segurança Pública, Luidson Noleto.

Na última segunda-feira (19), o prefeito Alcides Bernal (PP) entregou aos guardas formados em curso de capacitação colete à prova de balas, porte de arma avalizado pela Polícia Federal, um revólver calibre 38 e munição correspondente.


Segundo Noleto, o objetivo da nova força armada da Guarda é auxiliar a Polícia Militar, de responsabilidade do governo estadual, em funções de patrulhamento ostensivo nas ruas, como executar abordagens a suspeitos.


Além disso, os guardas armados servirão para ajudar na segurança do restante do efetivo da Corporação, atualmente com 1.208 homens, que atua com armamento não-letal, como as pistolas de choque. “A intenção não é ter uma tropa de elite, mas sim auxiliar a PM e colaborar ainda mais com a segurança da população”, disse o secretário.


“Fomos bem rigorosos com os padrões. De 296 guardas que se candidataram ao curso, escolhemos só 103. A carga horária mínima do curso de formação era de 160 horas. Fizemos 600”, completou Noleto.


Estreia –
Neste primeiro momento, a prioridade da Guarda Civil Municipal será ajudar no reforço do policiamento da região central e outros pontos importantes do comércio na cidade. Mas Noleto garante que cada uma das sete bases administrativas existentes na cidade contará com ao menos uma equipe inteira formada pelos agentes armados.


Ao todo, Bernal comprou dez novos kits de uniformes, 16 capacetes, 203 coletes à prova de balas, 275 revólveres de munição calibre ponto 38 e 25 armas para uso de munição calibre ponto 12. O armamento foi adquirido junto à Polícia Militar e custou cerca de R$ 400 mil aos cofres municipais. O recurso de R$ 160 mil para o curso de formação foi obtido através de recursos do governo federal.


Segundo Noleto, as armas de calibre 12, a principio, seriam de uso restrito pela Corporação. “É uma arma de impacto psicológico muito forte. Só se muito necessário ela será usada. É um trabalho mais de intimidação visual mesmo”, disse.


Com os novos guardas armados, o objetivo também é aproximar de vez a Corporação com a PM. Para o secretário, a relação se estreitou, mesmo que de maneira informal, nos últimos anos. “Existia a rivalidade, mas o processo de crescimento (da Guarda) serve para trabalharmos juntos na melhoria da segurança da cidade”, disse.


Com os novos 103 guardas civis formados, Campo Grande se torna a última capital da região Centro-Oeste a contar com uma força municipal de segurança armada. Desde o Estatuto do Desarmamento, em 2003, a Legislação prevê que apenas cidades com mais de 50 mil habitantes podem armar suas corporações, desde que haja autorização concedida pela Polícia Federal. A cidade só aprovou o início do curso de capacitação para armamento de sua guarda em novemrbo do ano passado. Há oito anos a categoria pedia a autorização para a atuação armada.


Atualmente, todas as capitais do país já contam com guardas armados ou projetos aprovados para implantação do porte de arma obrigatório como equipamento de serviço até 2019, segundo o Ministério da Justiça.

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