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Capital

Sem vigilantes, bancos apelam à PM para movimentar dinheiro

Nícholas Vasconcelos e Viviane Oliveira | 04/02/2013 16:49
Viatura da PM escola carro-forte, em meio a greve dos vigilitantes. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Viatura da PM escola carro-forte, em meio a greve dos vigilitantes. (Foto: Rodrigo Pazinato)

A greve dos vigilantes obrigou a PM (Polícia Militar) a escoltar os carros-fortes das empresas de segurança privada em Campo Grande. Hoje, dois veículos da empresa Brinks foram escoltados por três viaturas da PM com 13 policiais para atender o Banco do Brasil.

Segundo a PM, o pedido partiu da superintendência do Banco já que caixas eletrônicos estavam sem dinheiro, enquanto outros equipamentos não aceitavam mais depósitos porque estavam cheios.

O tenente Edcesar Zeilimger, que acompanhou os carros-fortes, disse que eles abasteceram oito agências do Banco do Brasil em Campo Grande.

“Garantindo a segurança de quem trabalha com dinheiro e dos cidadãos”, informou o comandante do Policiamento Metropolitano, Coronel Ian Mazuy. Ele disse que o apoio é para segurança em casos de movimentação de dinheiro em prol dos interesses do Estado, município e cidadãos.

No momento em que os carros saiam da sede da empresa de valores, um grupo de grevistas realizava uma manifestação em frente ao local. Segundo o movimento de greve, oito funcionários foram trazidos de Dourados para trabalhar na Capital, o que gerou revolta.

Eles bateram palmas em protesto a atitude dos colegas e da empresa. “A empresa trouxe o pessoal de fora e chamou a escolta. A gente não podia fazer nada, não temos como lutar contra a PM, a nossa manifestação é pacifica não queremos que ninguém saia machucado,” disse o presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Marcos Tabosa.

Sobre a determinação do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), que obrigou a volta de 50% dos funcionários em greve, os líderes do movimento disseram que a determinação já era cumprida antes da decisão. No entanto, eles dizem que esses agentes de segurança foram colocados em outros pontos de vigilância, mas não nas agências.

Os funcionários das empresas de monitoramento eletrônico, segurança patrimonial, transporte de valores e abastecimento de caixas reivindicam adicional de 30% para risco de vida contra os 9% pagos atualmente. O sindicato da categoria atua em 45 municípios, num total de 6 mil funcionários.

Um vigilante, que não quis se identificar temendo represálias, reclamou da participação da polícia. “A PM enfraqueceu a nossa mobilização, nós queremos apenas o que é Lei”, disse. Ele trabalha há seis anos com transporte de valores e disse que colegas sofrem sem a bonificação.

O funcionário citou o ataque a um carro forte no estacionamento do supermercado Comper, na avenida Mascarenhas de Moraes, no ano de 2009. Durante a ação dos bandidos, três vigilantes ficaram feridos e um deles está afastado até hoje por problemas psicológicos.

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