“Tribunal do crime” que deu errado acontecia em casa com 5 crianças

“Tribunal do crime” impedido pela polícia na manhã de ontem (10), aconteceu em casa na Vila Nhanhá onde estavam cinco crianças, filhos Carolina Sanches Fretes, de 29 anos, uma das quatro pessoas presas na ocorrência. Além dela, também foram presos Alexandro Fulman Queles de Souza, de 18 anos, Matheus Patrocínio Munhoz, de 19 anos e Willian Orácio da Silva, de 27 anos, que é marido de uma das vítimas e ajudou a torturá-la.

À polícia, Alexandro confessou que é integrante do PCC e um dos traficantes de drogas na região da Vila Nhanhá. Segundo ele, as vítimas, uma mulher de 31 anos e homem de 32, teriam roubado pasta base de cocaína de um bueiro na rua, onde ele costumava esconder para despistar a polícia.

Desconfiado da dupla, Alexandro teria entrado em contato com preso da Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande, identificado como Orlando. Do presídio, veio a ordem para que os dois fossem submetidos ao “tribunal do crime”.

As vítimas foram sequestradas e levadas para a casa de Carolina, onde também estavam as cinco crianças. Lá, os amigos foram torturados com pauladas, socos e pontapés durante horas.

Ordem de execução só não foi concluída porque após sentença, equipe do GOI (Grupo de Operações e Investigações)  chegou ao local.

Todos foram levados para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol junto com os pedaços de madeira usados no crime. Na unidade, policiais identificaram que o homem, vítima dos criminosos, estava foragido da Gameleira,onde cumpria pena por roubo.

Carolina, Willian e Matheus negam o crime.