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Cidades

CCZ registra aumento de 110% no número de incidentes com escorpiões na Capital

Órgão municipal registrou 147 casos de ferimentos causados por escorpiões em Campo Grande; recomendação é de que proprietários mantenham os imóveis limpos para evitar pragas

Humberto Marques | 23/01/2018 18:42
Condições climáticas favorecem o aparecimento de pragas urbanas como escorpiões. (Foto: Divulgação)
Condições climáticas favorecem o aparecimento de pragas urbanas como escorpiões. (Foto: Divulgação)

O calor e as altas temperaturas, presentes nesta época do ano, criam condições propícias para a proliferação de insetos e pequenos animais, incluindo escorpiões. Não por acaso, o período registra aumentos consideráveis no número de acidentes envolvendo os aracnídeos. O alerta partiu da médica veterinária Iara Helena Domingos, coordenadora do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), que pede atenção à população para evitar ataques.

Nesta terça-feira (23), reportagem do Campo Grande News revelou que em 2017 houve 211 incidentes envolvendo pessoas ferroadas por escorpiões na Capital, conforme números do Civitox (Centro Integrado de Vigilância Toxicológica), do governo estadual. Os dados estão um pouco acima dos registrados pelo CCZ, mantido pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).

No ano passado, o CCZ anotou 147 casos de pessoas feridas por escorpiões, contra 70 em 2016 –um aumento de 110%. Dados sobre este ano ainda não estão disponíveis, mas o órgão reconhece que os incidentes têm sido recorrentes –no Buriti, por exemplo, há vários relatos sobre a proliferação de escorpiões e ataques.

Iara Domingos explica que, com as altas temperaturas e a alternância de períodos de sol e chuva, várias espécies de animais se espalham e se reproduzem. Isso também gera o desalojamento de pragas urbanas, como insetos e roedores. “É a combinação ideal para que haja a maior proliferação destes animais. Todos estes fatores contribuem para isso, por isso é preciso que a população mantenha-se vigilante e tome alguns cuidados para evitar incidentes”, reforça a coordenadora.

Sujeira é apontada como um facilitador para o surgimento de escorpiões e outros animais. (Foto: André Bittar)
Sujeira é apontada como um facilitador para o surgimento de escorpiões e outros animais. (Foto: André Bittar)

Manejo – Ela afirma que o controle de animais peçonhentos varia de acordo com o tipo de praga. Contudo, ações no manejo do ambiente, limpeza, organização de materiais e desinsetização estão entre as principais orientações para um melhor controle.

“Para se prevenir de acidentes é preciso manter o ambiente sempre limpo, ralos de banheiros, pias e tanques tampados e evitar andar pela casa a noite com a luz apagada. Combater baratas e outros insetos que são alimentos para o escorpião também são importantes”, destacou Iara, segundo a assessoria do Paço Municipal.

Caso o morador encontre um animal em sua casa, deve entre em contato imediatamente com o CCZ pelos telefones 3313-5026 (horário comercial) ou 3313-5000 para receber orientações sobre como agir. Caso seja considerado necessário, será agendada visita. O Civitox também oferece atendimentos pelos telefones (67) 3386-8655 e 0800-722-6001 (telefone de emergência).

Caso a pessoa for picada por um escorpião ou outro animal peçonhento, deve procurar uma unidade de saúde o mais rapidamente possível para receber o atendimento adequado.

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