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Interior

Advogada assume agência antidrogas e promete caça a “cabeças” do tráfico

Especialista em direito penal e professora universitária, Zully Rolón foi nomeada ontem como titular da Senad do Paraguai

Helio de Freitas, de Dourados | 03/02/2021 10:04
A advogada Zully Rolón, nova ministra antidrogas do Paraguai (Foto: Divulgação/Senad)
A advogada Zully Rolón, nova ministra antidrogas do Paraguai (Foto: Divulgação/Senad)

Nomeada ontem (2) pelo presidente Mario Abdo Benítez como ministra titular da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas), a advogada Zully Graciela Esquível Rollón promete intensificar o combate ao narcotráfico no Paraguai e disse que além de apreensões e destruição de lavouras de maconha, é preciso ir atrás dos “cabeças” do crime organizado.

Especialista em direito penal, professora universitária e escritora, Zully Rolón é a primeira mulher a comandar a agência antidrogas do Paraguai. Ela ocupa o lugar de Arnaldo Giuzzio, que assumiu o Ministério do Interior.

Com passagem por cargos técnicos da própria Senad, a advogada tinha sido designada como interina na semana passada, mas ontem se tornou titular através de decreto presidencial.

Treinada e financiada pela DEA, a agência antidrogas norte-americana, a Senad é subordinada diretamente ao presidente da República do Paraguai. Tem 220 agentes especiais e na semana passada abriu seleção para contratar mais 20. Número ainda insuficiente, segundo Zully Rolón.

A ministra afirmou que entre seus objetivos à frente da Senad é intensificar as operações para desarticular as estruturas do crime organizado que se nutrem do tráfico de drogas. “Precisamos romper as estruturas, capturando os membros e cabeças do tráfico e não apenas apreender drogas”, disse ela.

Para Zully Rolón, o uso da tecnologia é a chave para equiparar as forças de combate ao crime organizado com as estruturas criminais, detentoras de mais recursos que os próprios organismos de segurança. “Seria genial poder trabalhar de forma coordenada com todas as forças de segurança e contar com radares e escâner nos aeroportos”, afirmou a ministra.

Além do combate ao narcotráfico no país vizinho – maior produtor de maconha das Américas e grande entreposto de cocaína – Zully Rolón tem como desafio as novas regulações para uso medicinal de cannabis, princípio ativo da maconha. Segundo ela, essa poderia ser a oportunidade de emprego legal para milhares de trabalhadores rurais.

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