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Interior

Após apagão no Paraguai, Ponta Porã tem boatos e movimento maior nas lojas

Caroline Maldonado | 07/07/2014 14:20
Fachada de boate paraguaia amanheceu pichada(Foto: Pedro Juan Digital)
Fachada de boate paraguaia amanheceu pichada(Foto: Pedro Juan Digital)

Os boatos de atentados criminosos no Paraguai, depois do apagão que atingiu o país no final de semana, passaram para o lado de cá da fronteira. De reflexo imediato, o comércio contabiliza aumento no movimento, em razão da falta de energia do outro lado da linha internacional.

Na tarde de sábado (5), o movimento na avenida Tenente Herrero, que faz divisa entre os países, foi alto e contou com muitos turistas brasileiros, de acordo com os comerciantes, que relatam os fatos e dizem não ter medo, mas ainda assim não querem se identificar.

A queda de energia, no Paraguai, ocorreu as 11h de sábado (5) e se estendeu até o domingo (6), às 13h, em seis estados, segundo o jornal Pedro Juan News. No domingo, a fachada de uma boate amanheceu pichada com o aviso em espanhol “Fechado por culpa do EPP”.

Não há confirmação de que a queda de duas torres de energia foram um ataque criminoso, mas os moradores já recebem até informativos, via redes sociais na internet, com ameaças que seriam do grupo conhecido como EPP (Exército do Povo Paraguaio). O comunicado avisa que o grupo criminoso planeja um sequestro em Pedro Juan e pedirá resgate de 22 milhões como recompensa. A mensagem não específica se o valor se trata de Reais ou Guaranis.

Uma comerciante que trabalha no Centro de Ponta Porã, há mais de 10 anos, contou que os comentários causaram alguma preocupação aos moradores brasileiros, no sábado, quando houve a queda de energia, mas não assusta os comerciantes, que atuam normalmente.

“Nós ouvimos falar e vemos sobre isso no Facebook, mas nunca teve ataques aqui na cidade. Nós sabemos que esse EPP existe e atua lá dentro do Paraguai, mas aqui não”, afirmou a comerciante. Segundo ela, durante o apagão, muitos lojistas da fronteira usaram geradores e o movimento de turistas brasileiros foi alto. “O único prejuízo é para os pequenos comerciantes, que ficaram sem energia, esses tiveram prejuízo”, disse.

Outro morador da cidade garantiu que tudo está tranquilo na cidade, inclusive no comércio. “Aqui estão todos trabalhando normalmente. A população não chega a ter medo por causa desses boatos”, afirma o morador, que acredita que parte das informações seja mentira.

De acordo com a Polícia Civil de Ponta Porã, não há nenhuma ocorrência na cidade relacionada ao grupo criminoso, mas o investigador, Adilson Bernal, afirma que os boatos já chegaram à Polícia. Segundo o investigador, há boatos de que o EPP pediu para moradores não sairem a noite. “Mas são apenas boatos. Não temos certeza desses fatos”, destacou o investigador.

De acordo com o jornal Pedro Juan Digital, o grupo EPP seqüestrou, há 96 dias, um adolescente paraguaio. O investigador da Polícia brasileira conta que a população comenta que os pais do garoto já pagaram 500 mil dólares, mas o menino não foi libertado.

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