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Interior

Casos de estupro causam pânico em moradores e delegado diz que é boato

Viviane Oliveira | 08/04/2015 12:10
Cidade tem cerca de 21 mil habitantes e tem a economia baseada na agricultura. (Foto: Divulgação/Internet)
Cidade tem cerca de 21 mil habitantes e tem a economia baseada na agricultura. (Foto: Divulgação/Internet)

Depois de dois casos de estupro, um em janeiro e outro em março, os moradores de São Gabriel do Oeste, distante 140 quilômetros de Campo Grande, estão em pânico. No entanto, o delegado Fábio da Silva Magalhães, responsável pela investigação dos casos, afirma que não existe um estuprador em série na cidade. Segundo ele, as investigações levam a crer que não há relação entre os dois crimes, ou seja, não se trata do mesmo criminoso.

O pânico foi causado a partir do boato de que um ladrão, agora preso, seria o estuprador. O bandido, que até mês passado tinha 17 anos, cometeu mais de dez furtos em residências. “As pessoas passaram a relacionar os furtos com o caso de estupro e se criou um comentário de que o estuprador era quem estava invadindo as casas. Depois que prendemos o rapaz, os moradores ficaram mais tranquilos”, explica o delegado afirmando que o autor não está envolvido nos casos de violência sexual.

Na cidade foram divulgadas no WhatsApp várias fotos de suspeitos e a polícia afirma que todos foram localizados e ouvidos. “Foram coletados material genético de vários suspeitos pelo crime e encaminhados para Campo Grande, mas o resultado ainda não ficou pronto”, diz Fábio.

Os rumores que um estuprador anda rondando a cidade existe, mas apenas dois casos foram comprovadas e registrados, reafirma Josefa Santos Silva, diretora do Departamento de Políticas Públicas para Mulheres, Direitos Humanos, Igualdade Racial e juventude. “Só se mais mulheres foram estupradas e não registraram na polícia e muito menos procuraram ajuda nos órgãos de saúde para que fosse feito os procedimentos necessários em caso de violência sexual”, diz.

Delegado Fábio diz que apenas dois casos foram registrados neste ano. (Foto: do Idest, JWC)
Delegado Fábio diz que apenas dois casos foram registrados neste ano. (Foto: do Idest, JWC)

Casos - O caso mais recente de violência sexual registrado na delegacia foi no dia 13 de março, por volta das 23h, no Bairro São Francisco. A vítima, uma mulher de 39 anos, relatou à polícia, que estava em casa, quando o bandido encapuzado e armado entrou. Usando uma faca, o homem pedia dinheiro e ameaçava matar o filho da vítima. A mulher teve as mãos amarradas com cardaço de tênis, a boca amordaçada e estuprada.

Depois do crime, o estuprador fugiu do local levando da residência R$ 12 mil em dinheiro. Antes de sair do imóvel, ele disse que ligaria para a policia avisando que na casa havia uma pessoa amarrada. Porém, a vítima acabou se soltando e ligando para 190.

No dia 13 de janeiro, aconteceu no Centro da cidade. Em depoimento, a vítima de 19 anos, contou que estava em casa e foi surpreendida por um homem de cor negra e que tinha tatuagem no braço esquerdo. A mulher foi estuprada e sofreu lesão no pescoço ao tentar lutar com o estuprador. Depois do crime, o bandido fugiu sem levar nada. "Um entrou para roubar e o outro para estuprar, não se trata da mesmo homem", afirma o delegado.

Conforme estatística da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), de janeiro deste ano até o dia 1º de abril, foram registrados em todo Estado 271 crimes de estupro, sendo 194 no interior e 83 na Capital.

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