Jovem morto após brigar com membros do PCC deixa esposa grávida de 8 meses
Discussão começou com amigo da vítima e terminou em execução dentro de casa de colega
Diogo Fernandes Silva, 22 anos, morto com um tiro no peito neste domingo (30), na Vila Ferreira, em Terenos, a 31 quilômetros de Campo Grande, deixou a esposa grávida de oito meses. O crime ocorreu após desentendimento com dois integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital). O autor do disparo foi preso horas depois, escondido nos fundos de uma casa. A arma usada no crime foi localizada dentro de uma geladeira.
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Diogo Fernandes Silva, 22 anos, foi morto com um tiro no peito após desentendimento com integrantes do PCC em Terenos, Mato Grosso do Sul. O jovem, que deixou a esposa grávida de oito meses, foi vítima de uma discussão que começou entre seu amigo e membros da facção criminosa. O autor do disparo, identificado como Edi Marcio, foi preso horas depois do crime, escondido nos fundos de uma residência. A arma utilizada foi encontrada dentro de uma geladeira. O segundo suspeito, conhecido como Escobar, permanece foragido. A família da vítima relata ter recebido ameaças por acionar a polícia.
Segundo familiar ouvido pelo Campo Grande News, a discussão começou quando um amigo de Diogo brigou com um rapaz que passava pela rua. Esse rapaz seria amigo de quem ordenou o ataque. Houve xingamentos, perseguição e a briga seguiu até a casa de um jovem que, segundo o relato, tem ligação com facção. A situação parecia controlada, mas um dos envolvidos chamou outro homem para levar uma arma.
Ao chegar na casa do amigo da vítima, esse segundo homem perguntou quem havia batido no irmão dele. Diogo se levantou e levou um soco. O primeiro tiro falhou, mas foi mirado na cabeça da vítima e o segundo acertou o peito do jovem.
A família afirma que Diogo não sabia da ligação dos envolvidos com o PCC. Eles só ouviram comentários sobre facção após o desentendimento. O jovem estava com o irmão e o colega no momento do ataque.
Parentes que moram próximo viram Diogo correndo e caindo no chão. A esposa avisou por mensagem que o ferido era ele e pediu para chamarem ambulância. O autor fugiu logo após o disparo. Um morador colocou Diogo no carro e o levou ao posto de saúde, mas ele chegou sem respirar.
Familiares afirmam que Diogo era tranquilo e que tudo começou por causa de um amigo que correu no momento em que o crime ocorreu. O irmão, que presenciou a execução, ainda não consegue falar sobre o ocorrido.
Ele morava com a esposa, grávida de oito meses, e trabalhava na construção civil como servente de pedreiro. A família diz estar abalada e quer apenas que a justiça seja feita. Parentes relatam ter recebido ameaças por terem acionado a polícia e pedem para não serem identificados.
O velório ocorre nesta segunda-feira, a partir das 17h, na capela Pax Universo de Terenos. O sepultamento será na terça-feira, às 9h, no Cemitério Municipal Santo Antônio.
O crime - O caso chegou à Polícia Civil quando a equipe, que atendia outra ocorrência na Unidade Básica de Saúde de Terenos, recebeu a informação de que um homem gravemente ferido havia acabado de entrar na emergência. O irmão da vítima contou que estava com Diogo e um amigo quando ele discutiu e xingou um homem conhecido como Escobar, ligado ao PCC.
Segundo o relato, Escobar deixou o local dizendo que avisaria outros integrantes e retornou com Edi Marcio. Armados, os dois intimidaram o grupo e, em seguida, Edi atirou em Diogo, que caiu ferido. Ele foi socorrido, mas não resistiu e morreu ao dar entrada na unidade de saúde.
A polícia iniciou buscas e foi à casa da mãe do suspeito, que informou que ele havia passado rapidamente, dizendo que iria a uma confraternização. Com autorização dela, os policiais entraram na casa e encontraram um tablete de maconha e rolos de papel-filme no armário de Edi.
No endereço da festa, os policiais acharam a motocicleta do suspeito e, após seguir rastros em um terreno baldio, encontraram Edi escondido na varanda dos fundos de um imóvel. Ele foi preso, mas a arma não foi localizada naquele momento.
O autor alegou outra versão: disse que atirou para se defender após ver Diogo e outros dois homens agredindo Escobar. Afirmou ainda que jogou a arma em um rio, mas buscas no local não tiveram resultado.
A arma acabou sendo encontrada em uma casa na Rua Deoclides Luiz Pozza. O morador relatou que Edi passou ali pedindo um capacete e entrou rapidamente na varanda. Mais tarde, ao tentar vender uma geladeira, um comprador abriu o eletrodoméstico e encontrou o revólver dentro. O morador entregou o armamento à polícia.
Edi Marcio, a droga encontrada em sua casa, o material de embalagem e a arma foram encaminhados à Delegacia de Terenos. O caso foi registrado como homicídio simples, perturbação do sossego e tráfico de drogas. O segundo envolvido, Escobar, não foi localizado.
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