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Interior

PRF culpa falta de efetivo por fechamento de posto em fronteira

Ana Paula Carvalho | 25/10/2011 17:19

Posto fica na ponte sobre o rio Paraguai, na fronteira do Brasil com a Bolívia

O superintende da Polícia Rodoviária Federal de Mato Grosso do Sul, inspetor Ciro Vieira Ferreira, apontou, nesta terça-feira, a falta de efetivo como causa para o fechamento da posto que fica na ponte sobre o Rio Paraguai, na fronteira entre o Brasil e a Bolívia.

De acordo com ele, o efetivo não é o ideal e, por conta disso os policiais fazem apenas rondas na região e participam de operações.

O Ministério público Federal solicitou à Justiça que o posto seja reativado e que funcione 24h por dia, além de pedir que o efetivo seja de 24 policiais para atender a demanda.

O superintendente negou que o posto esteja desativado. Segundo ele, como os policiais estão realizando rondas, a base foi fechada para reforma. “A princípio, ele está sendo reformado para que futuramente tenha condições de oferecer atendimento”, afirma.

De acordo com o Inquérito civil instaurado para investigar a desativação do Posto da Ponte, o MPRF apurou drástica defasagem de policiais para a fiscalização na fronteira.

Segundo o órgão, em apenas cinco anos a 3ª Delegacia de PRF de Anastácio/MS, cuja circunscrição abrange Corumbá, teve uma redução de quase 50% de seu efetivo. Em 2006 eram 57 policias e este ano apenas 33 atendem a demanda de toda a região.

Para o superintendente, o efetivo não é o ideal em todo o Estado e a baixa é por conta de vários fatores. “Aposentadoria, afastamentos, adequação do efetivo nacional e a falta de reposição regular” são alguns deles.

Agora a PRF aguarda a decisão da Justiça Federal, que decidirá se acata ou não o pedido MPF, para que o departamento em Brasília decida que medidas tomar.

Em nota, o MPF afirma que o “efetivo, diminuído a zero, expõe a fronteira a rota internacional de tráfico de drogas, armas e munições”. E alerta que as mercadorias abastecem Mato Grosso do Sul e outros Estados.

O MPF também ressalta que a rodovia, construída sobre extensa área do pantanal sul-mato-grossense, fica em uma região isolada e oferece riscos “enormes” para quem trafega na região.

Para compor o efetivo de 24 policiais diariamente no posto da fronteira, o MPF indica que seriam realocados os policiais aprovados no último concurso público – atualmente em curso de capacitação complementar –, policiais oriundos de outras delegacias da PRF – neste caso, a lotação seria provisória – ou, em último caso, os aprovados em novo concurso público.

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