Invasores fazem protesto pelas ruas do Nova Lima

Grupo de 90 invasores que ocupou um terreno ao lado do residencial Iguatemi, no Nova Lima em Campo Grande, fez um protesto pelas ruas do bairro nesta tarde segurando cartazes e reivindicando moradia.

O movimento começou às 12h30 na rua Zulmira Borba e percorreu cerca de um quilômetro. Um dos organizadores do movimento, Paulo dos Santos, de 20 anos, explica que o protesto foi interrompido por conta do calor e do sol, mas será retomado às 17h.

Segundo ele, a intenção foi mostrar à sociedade a necessidade das famílias que estão acampadas.

O manifestante garante que não houve nenhum tipo de desordem no protesto, que contou também com dois veículos buzinando pelo trajeto.

"O que a gente está querendo é casa e não vamos sair daqui enquanto não conseguirmos", diz Cleonice Oliveira de Souza, de 23 anos, que está grávida de cinco meses.

Dono de um mercado no bairro, o comerciante Claudir Pontes, de 43 anos, diz que muitos dos participantes precisam de casa, mas "têm muitos que estão se aproveitando".

O açougueiro Salvador Batista, de 31 anos, alega que também não possui casa própria e mesmo assim não apoia a ação. "Quem trabalha de domingo a domingo não tem tempo de fazer bagunça", critica.

Invasão - As primeiras famílias que ocuparam o terreno no Nova Lima o fizeram depois de serem despejadas do residencial Iguatemi. A notícia se espalhou e mais pessoas vieram construir os barracos no terreno, somando cerca de 250 famílias.

Ontem foi entregue às famílias ordem judicial para desocupação da área em 48h. O prazo vence amanhã.