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Cidades

Medo de alagamento impõe alerta a vizinhos da Ernesto Geisel a cada chuva

Elverson Cardozo e Viviane Oliveira | 26/01/2012 00:48
Laiz, neta da aposentada, mostra fotos de outras enchentes. (Foto: Marlon Ganassin)
Laiz, neta da aposentada, mostra fotos de outras enchentes. (Foto: Marlon Ganassin)

Toda a vez que o tempo fecha a preocupação de dona Sebastiana recomeça. E quando finalmente a chuva cai, ela aumenta. O motivo de tamanha dor de cabeça tem endereço fixo. Em dias de chuva, a casa da aposentada alaga e vira um verdadeiro rio.

Moradora do bairro Marcos Roberto, há mais de 10 anos, Sebastiana Conceição de Oliveira, de 68 anos, se vê em desespero quando começa a chover. Ela mora em frente ao córrego da avenida Ernesto Geisel, que transborda em dias de chuva.

A primeira situação, que veio a se repetir nos anos seguintes, aconteceu em 2005, quando a aposentada ficou “ilhada” dentro de casa. Na época, dona Sebastiana teve ser retirada da residência por cima do muro, porque a água invadiu todo o imóvel.

Para evitar que a enxurrada entre na casa, toda vez que começa a chover forte a moradora coloca uma chapa de ferro no portão. Aonde mora não entra carro, isto porque uma mureta também foi construída para evitar alagamentos.

“A gente comprou um carro que fica na casa de um parente por causa de um muro que fomos obrigados a fazer para evitar a entrada de água dentro de casa”, contou a neta, Laiz da Silva, de 15 anos.

E depois de tanto tempo convivendo com o mesmo problema, dona Sebastiana coleciona prejuízos e frustrações. Já perdeu televisão, geladeira, máquina de costura e outros móveis e eletrodomésticos durante as enchentes.

“Nós temos receio de comprar coisas novas. A cada ano é sempre uma surpresa diferente”, completou Laiz.

O medo também se estende à família. Quando chove o telefone não pára de tocar. “Se eu tiver sozinha fico preocupada porque eu não consigo colocar a chapa de ferro”, disse a moradora.

A aposentada conta que vizinhos dela já venderam casas devido ao problema. Ela ainda não saiu do local porque tem esperança de que a situação melhore, apesar da realidade mostrar o contrário.

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