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Cidades

Poder Público se cala sobre retirada de brasiguaios

Redação | 18/11/2010 11:45

Hoje, 18 de novembro, é o último dia para cerca de mil pessoas deixarem o acampamento que se formou às margens da BR-163, em Itaquiraí (410 km de Campo Grande). Esta, pelo menos, foi a decisão do juiz federal Joaquim Eurípedes Alves Pinto, no mês passado, quanto à situação dos "brasiguaios".

No entanto, nesta amanhã, prefeitura de Itaquiraí, Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e nem Justiça Federal ou MPF (Ministério Público Federal) puderam passar informações oficiais sobre o destino dessas centenas de famílias.

A decisão do juiz em retirar o acampamento dessas pessoas, que, em sua maioria, são paraguaios que fugiram da violência daquele país, foi em resposta ao pedido do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). O argumento é de que a rodovia estaria sendo ampliada, e a população que ocupa a margem atrapalharia as obras.

Conforme o Incra, as medidas cabíveis ao instituto já foram tomadas. Foi feito um pré-cadastro destas famílias, no entanto, conforme assessoria, os dados não podem ser divulgados. O Incra também forneceu cestas básicas e repassou à prefeitura uma área de oito hectares para que eles possam ser removidos da BR.

Informalmente, um servidor do Incra afirmou que havia possibilidade de, ainda hoje, um procurador da República fosse até o local conversar com os acampados e, posteriormente, negociar com o juiz a fim de prorrogar o prazo para desocupação. Mas, a informação não foi confirmada pelo MPF.

Na prefeitura, nenhum setor tem informação sobre a situação dos brasiguaios e, a prefeita de Itaquiraí, Sandra Cardoso Martins Cassone esteve em reunião durante a manhã e não pôde atender.

Um dos servidores da prefeitura citou uma suposta audiência que teria ocorrido ontem, entre acampados e Justiça Federal, para negociar a retirada, no entanto, ao atender ao telefone da Justiça Federal, os servidores alegavam que não têm informação sobre isso e que o assessor de imprensa não estava.

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