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Cidades

Presidente da Amamsul critica corregedora do CNJ e fala em inquisição

Fabiano Arruda | 23/12/2011 19:40

O presidente da Amamsul (Associação dos Magistrados de Mato Grosso do Sul), juiz Olivar Coneglian, fez críticas nesta sexta-feira à corregedora do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), Eliana Calmon, que afirmou, segundo informações da Agência Estado, que nenhum magistrado de MS entregou declaração de renda.

A declaração veio, ontem, em meio à polêmica no Judiciário brasileiro. Além de Mato Grosso do Sul, a acusação maior recai sobre a magistratura paulista em que, segundo Calmon, metade dos juízes escondem seus rendimentos.

Coneglian garantiu que a informação sobre a magistratura sul-mato-grossense é mentirosa. “Ela teve acesso em 2010 aos rendimentos e declarações de imposto de renda”, atestou, ressaltando que as declarações referentes a este ano estarão disponíveis em 2012.

O magistrado criticou os métodos utilizados pela corregedora, sobretudo, a quebra de sigilos de juízes em todo País o que, segundo ele, soa como inquisição.

“Não temos medo de investigação, no entanto, os procedimentos têm de serem feitos de forma correta e não sair quebrando dados fiscais de forma ilegal”, criticou, apontando que sigilos também foram quebrados em Mato Grosso do Sul.

O presidente da Amamsul ainda defende que os juízes com condutas suspeitas devam ser investigados e afastados da magistratura. “90% dos juízes do País são trabalhadores. Generalizar a categoria é ato de má fé”, considerou, rebatendo a declaração da corregedora que afirmou que existem “bandidos de toga” na magistratura nacional.

Ontem, em resposta às associações de magistrados, Eliana Calmon disse que as entidades são "maledicentes e mentirosas". "Este é o ovo da serpente", disse, segundo informações da Agência Estado, para repudiar informações divulgadas pelas entidades dos magistrados de que cerca de 270 mil pessoas estariam sob investigação do CNJ.

De acordo com a corregedora, foram identificadas "bem menos" do que 500 transações atípicas realizadas por integrantes do Judiciário, sendo que 150 delas foram detectadas em São Paulo. "Como é que eu estou devassando 270 mil pessoas? Não há mínima possibilidade de isso acontecer", afirmou, ainda conforme publicação da AE.

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