Conheça as origens da chipa, do pão de queijo e da sopa paraguaia
Surpreenda-se, tudo indica que a origem do pão de queijo está bem distante de Minas Gerais. Com variações, a receita do pão de queijo e da chipa está presente em toda a América do Sul. Tanto a chipa quanto o pão de queijo são bem simples: queijo, tapioca, leite, ovos e algum tipo de gordura. Na Bolívia, com os mesmos formatos brasileiros, é chamada "cuñape". No Paraguai, Argentina e Uruguai, o formato de ferradura e o nome são iguais: chipa. Só muda o acento, que pode ser chamada de "chipá". Na Colômbia, é chamada de "pandebono", com o mesmo formato do pão de queijo. Quando no formato de chipa é chamada de "pandeyuca".
Missões jesuíticas e não Minas Gerais.
Apesar de alguma especulação - não comprovada - de que o pão de queijo tenha surgido no período colonial em Minas Gerais, a verdade é que sua origem, quase com certeza, está bem longe das alterosas. É uma invenção das missões jesuíticas que uniram tradições indígenas e europeias. A tapioca é indígena, os demais ingredientes são europeus.
A sopa do presidente.
Essa sopa que não é sopa, e sim uma torta, teve sua versão original criada pelos índios guaranis. Era, efetivamente, uma sopa, um caldo de milho ralado ou debulhado rico em temperos e sabores. A versão torta surgiu com Carlos António López, o primeiro presidente constitucional do Paraguai. A história conta que esse presidente adorava a sopa dos índios e pediu ao cozinheiro do palácio, de nome Machú, que passasse a preparar esse prato para ele. Um dia, com muita pressa, Machú pesou a mão na hora de adicionar o milho. Como o patrão estava faminto e não queria saber de esperar, o cozinheiro serviu a torta. Para sua surpresa, o presidente aprovou a nova textura e começou a chamar e oferecer o prato de "sopa paraguaia". Estava criada uma das melhores iguarias da América Latina.
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