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Em Pauta

Do motel ao love hotel. Um novo espaço da sacanagem

Mário Sérgio Lorenzetto | 19/08/2020 08:00
Do motel ao love hotel. Um novo espaço da sacanagem
Não é de hoje que as luzes de neon dos motéis ocupam a paisagem urbana das cidades brasileiras. Mas a origem desses prédios não ocorreu em terra brasilis. Foi na Califórnia, há quase um século, que o arquiteto e especulador imobiliário Artur Heineman construiu aquele que é considerado o primeiro estabelecimento do tipo: o Milestone Motel, que depois, se tornou Motel Inn.


Do motel ao love hotel. Um novo espaço da sacanagem
Motor e hotel.

Oriundo de um neologismo, "motel" derivou das palavras "motor" e "hotel". A proposta era atender uma clientela motorizada. Os primeiros, foram todos construídos nas periferias das grandes cidades dos EUA. A disponibilidade de terrenos baratos se fundiu a um projeto arquitetônico muito simples e eficiente. Permitia aos clientes estacionarem seus automóveis bem perto dos quartos e independentes da parte administrativa.


Do motel ao love hotel. Um novo espaço da sacanagem
O love hotel brasileiro.

Em todo o mundo ocidental, Brasil é sinônimo de sexualidade. Os motéis surgiram por aqui à partir dos anos 60. Logo de início, adquiriram modos de uso, arquitetura e decorações distintos do modelo norte americano. Aqui, foram se caracterizando como lugares cuja função principal é abrigar encontros eróticos. Garantiam privacidade e segredo para os casais não casados e outros quaisquer. Eram loves hotéis. Nada tinham a ver com o hotel dos motorizados dos EUA.


Do motel ao love hotel. Um novo espaço da sacanagem
O negócio motel.

Ainda que já não tenham o peso de duas décadas atrás, o negócio motel ainda era forte no Brasil pré-pandemia. Estima-se que por aqui existam 5.000 motéis, com 100 milhões de hospedagens anuais. As cifras anuais do setor moteleiro eram da ordem de R$ 4 bilhões. Mas não somos os maiorais em motelaria. Os campeões são o Japão e a Tailândia. O grande espaço da sacanagem tem forte concorrência internacional.

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.

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