Com localização divulgada no último minuto, festa "escapa" da fiscalização

Esquema antigo de quem promove "rolês" clandestinos ganhou força durante a pandemia. Para escapar da fiscalização da Guarda Civil Metropolitana, organizadores de festas escondem até o último minuto a localização do evento, que só é enviada a quem confirmou presença no evento.

Promoters alugam espaços distantes das cidade, para que não hajam denúncias de vizinhos por som alto, por exemplo, e sempre desrespeitam as regras do toque de recolher e o limite de pessoas.

Em grupos de WhatsApp, os organizadores dão dicas de onde deixar os carros para que as aglomerações não sejam notadas durante as rondas noturnas. É também nas salas de bate-papo, que rola a "zoação" sobre "não aglomerar" para evitar o contágio com o novo coronavírus. Para entrar nos grupos virtuais, é preciso ser indicado por participante ou dar o nome completo.

Durante a semana, os promoters também divulgam em suas redes sociais o flayer da festa com as informações básicas - nome do evento, data e o horário, por exemplo. Outro "disfarce" muito usado é dizer que a "balada" será para comemorar o aniversário de alguém.

Nesta sexta feira (19), umas destas "festas de aniversário" conseguiu escapar aos olhos da fiscalização e rolou, sem interrupções, das 22h às 5h em casa alugada nos fundos do Bairro Otávio Pécora. O público não foi dos maiores - cerca de 30 pessoas, sem máscara, é claro, se divertiam no local, de acordo com vídeo enviado à reportagem. Veja:

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