Sem transporte escolar há meses, estudante percorre 6 km em cadeira de rodas
Aos 20 anos, aluno da UEMS falta às aulas, teme novas reprovações e diz viver rotina exaustiva sem transporte
RESUMO
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Estudante com deficiência física enfrenta dificuldades para chegar à universidade em Coxim (MS). Alessandro Lucas da Silva, de 20 anos, percorre 6 km em cadeira de rodas elétrica devido à falta de transporte escolar adaptado há quatro meses. O jovem já reprovou em uma disciplina e arrisca reprovar em outras duas por causa do problema. Nos dias de estágio, permanece o dia inteiro na instituição para evitar o trajeto extra, que dura até 50 minutos. A prefeitura alega que o ônibus está em manutenção, mas não apresentou solução.
Sem transporte escolar adaptado há quase quatro meses, o estudante Alessandro Lucas da Silva, de 20 anos, tem enfrentado uma rotina exaustiva para conseguir chegar à UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul). Morador do Bairro Piracema, ele percorre entre 40 e 50 minutos em uma cadeira de rodas elétrica até a unidade e afirma já ter sido reprovado em uma disciplina por falta de ônibus.
Segundo Alessandro, a prefeitura informou que o ônibus estaria quebrado e em manutenção, mas o serviço não voltou a funcionar. “A gente só recebe enrolação. Já reprovei em uma matéria por não ter transporte e estou arriscado a reprovar em mais duas. Está sendo uma luta”, lamenta.
A situação se agrava nos dias de estágio obrigatório. Sem alternativa, ele precisa sair de casa ao meio-dia para cumprir a atividade, permanece o dia inteiro na instituição e só volta para casa após as aulas da noite. “Se eu voltar para casa, não dá tempo de retornar. Fico o dia todo sentado na cadeira elétrica e já tenho queixas de dores na coluna”, relata.
Alessandro explica que o trajeto de cerca de 6 km sob sol forte é um desafio diário. “Da minha casa até a UEMS gasto de 40 a 50 minutos dependendo do trânsito. Não tem assistência, não tem transporte da prefeitura”, afirma.
O estudante teme novas reprovações por falta. “É desgastante física e emocionalmente. Só queria ter o direito básico de ir e voltar da faculdade.” O Campo Grande News tentou contato com a Prefeitura de Coxim, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto.
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