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Esportes

Basquete em Cadeiras mostra raça até o fim

Redação | 26/11/2010 11:25

O jogo estava praticamente ganho. Terceiro tempo. Dez pontos de vantagem para o time de Patos de Minas. As bolas do Adep Fênix, do Paraná, insistiam em não cair. Time cansado, desanimado. Mas as coisas começam a mudar quando Josevaldo, de 47 anos, o veterano do time, consegue uma sequência de três tocos defendendo seu garrafão.

Partida pegada. Esse é o basquete de cadeira de rodas. E tem sido assim ao longo do Campeonato Brasileiro, que acontece na quadra do Colégio Joaquim Murtinho, na Capital. Raça, vontade, gritaria. As regras do basquete permanecem, com algumas alterações. A diferença está na dificuldade.

"Imagine um jogo de xadrez, onde a tática se baseia no bloqueio. Assim é o basquete de cadeira de rodas", explica o técnico de Patos de Minas, Guilherme Jonas. Mas vai muito além disso. Quem está na quadra tem que controlar uma cadeira, frear e fazer curvas enquanto troca passes e arremessa com apenas uma mão. Parada dificílima.

A vantagem de dez pontos começa a diminuir no quarto e último tempo. Nandinho, de Patos de Minas, é expulso por chegar à quinta falta cometida. Falta boba. O time sente a ausência de uma dos atletas de maior fôlego e a distância no placar começa a diminuir.

"O pessoal foi ficando nervoso e a bola parou de descer. Falta besta, não sabia que já estava no limite. Agora fica essa angústia no time", se explica Nandinho, se arrependendo de ter bloqueado um arremesso aparentemente sem perigo.

Adep Fênix chega ao empate. O time vibra como se o título de um campeonato épico estivesse se desenhando. Mas Patos de Minas consegue encaixar dois pontos salvadores, quando nenhuma bola conseguia passar pela cesta.

Faltam apenas 16 segundos para o fim do jogo e o placar aponta 39 a 37. A equipe do Paraná tem uma falta a seu favor anotada no garrafão. Dos dois lances livres, convertendo um: 39 a 38.

Sobram agora longos 12 segundos. Saída de bola de Patos de Minas. Renascendo das Cinzas, Adep Fênix rouba a bola no meio da quadra, Josevaldo faz o passo para o ataque. Sozinho, com a chance de virar o jogo, o pivô do time paranaense erra o arremesso. Choro dos dois lados, tristeza e alegria misturadas em quadra.

"Os caras se pegam mesmo. São raçudos.

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