Pisos e azulejos de demolição dos anos 70 e 90 garantem sucesso de loja
Apesar do nome da loja, “Fora de linha”, os pisos e azulejos que são vendidos ali andam enchendo os olhos de quem gosta de decoração com cara de “retrô”. São milhares deles decorados dos anos 70 aos 90, originários de casas em demolição.
Com 25 anos de existência, a loja, que fica na avenida Eduardo Elias Zahran 2.183, nunca viveu um momento tão bom, segundo a proprietária Maria Luísa Mafra, de 51 anos. “Agora é moda, usam para decoração de casas com revestimentos em Patchwork e móveis. Aqui vive cheio de decorador”, afirma.
A maioria dos revestimentos foi encontrada em casas que estavam em reforma. Ao invés de irem para o lixo, Maria Luísa viu nisso a oportunidade perfeita de abrir um negócio.
A loja começou depois que uma construtora faliu e Maria Luísa comprou um carregamento com as peças. Hoje ela admite que é preciso bater pernas para ter os 'achados' na loja. “É difícil encontrar, por isso caçamos obras. Tudo que temos é material de demolição”, completa.
Mas nem tudo que é encontrado dá para ser reaproveitado, por isso, a maioria das peças possuem poucas unidades e servem apenas como forma decorativa.
Fora do quesito decoração, Maria Luísa explica que a demanda pelos revestimentos vem de pessoas que vão reformar e precisam, por exemplo, quebrar uma parede. Quando se trata de imóveis antigos e alguns pisos e azulejos não são mais produzidos, o jeito é ir até sua loja.
Apesar do valor até histórico dos pisos, como um em estilo italiano, que foi retirado de um antigo casarão da avenida Afonso Pena, a loja vende pelo tamanho. Quanto maior, mais caro, independentemente da origem e do ano. Os de 15x15 custam de R$4 a R$8,00, a unidade.
Entre os corredores da loja é fácil encontrar imagens e cores que relembram a casa da avó. São azulejos até comemorativos, fabricados em homenagem aos 500 anos da descoberta do Brasil. A raridade encanta e é o xodó de Maria Luísa, que fez questão de colocar na parede da loja. “Sempre me perguntam, mas nunca mais achei para vender, ficou para mim”, finaliza.
