ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 27º

Artes

Brasileiro, sucesso pelas ruas de Paris, assina arte urbana na Vitório Zeolla

Thailla Torres | 04/03/2017 10:53
Arte urbana feita por Rafael deu um tom diferente e alegre na rua Vitório Zeolla. (Foto: André Bittar)
Arte urbana feita por Rafael deu um tom diferente e alegre na rua Vitório Zeolla. (Foto: André Bittar)

O muro da Rua Vitório Zeolla, no Carandá Bosque, ganhou tom diferente nesta semana. Pela mãos do artista plástico Rafael Suriani, de 36 anos, aves, traços indígenas e pessoas ganharam formas e cores quentes. Com desenhos muito alegres, o artista, que está de passagem por Mato Grosso do Sul, fez uma intervenção à altura, registrando o que há de mais belo em nosso Estado, com referência aos índios e à natureza. 

Nascido em São Paulo, Rafael é arquiteto formado pela USP (Universidade de São Paulo) e mestre em Arte Urbana. Atualmente, vive em Paris e ficou conhecido como o artista brasileiro que cola nos muros parisienses seus personagens inspirados no universo da mitologia, sempre conectando imagens de animais e humanos em sua arte.

Araras surgiram no improviso quando Rafael teve o privilégio de vê-las na cidade. (Foto: André Bittar)
Araras surgiram no improviso quando Rafael teve o privilégio de vê-las na cidade. (Foto: André Bittar)

E por onde passa, ele deixa registrado seu olhar. Em Campo Grande há poucos dias, a convite de uma amiga, resolveu criar. "Toda vez que venho ao Brasil, busco fazer algo aqui. Então tentei colocar um pouco da fauna regional e presente. Cada vez que vou a um lugar procuro pesquisar isso", explica. 

A mistura do corpo humano com animais é marca registrada. Aqui ele inseriu tuiuiús, araras, tucanos, coqueiros e pinturas da etnia kadiwéu. "Como os índios têm uma relação com a natureza mais forte, eu quis integrar essa referência. Procurei fazer algo maior, para que as pessoas que passassem de carro, vissem", completa. 

O gosto pela arte surgiu na infância. Rafael conta que era do tipo de criança que gostava de ganhar canetinhas em todo aniversário. "Comecei com 5 anos de idade. Não jogava futebol, só para ficar desenhando. Natal e aniversário ganhava coisas para desenhar", lembra. 

Em 2002, ao começou a faculdade, a Arquitetura já despertava em Rafael o interesse pela arte urbana como forma de interagir diretamente. Quando decidiu cursar o mestrado em Paris, o trabalho passou a ser mais reconhecido graças ao projeto Street Queens. A capital francesa amanheceu com pinturas de Rafael de drag queens que foi conhecendo mundo a fora.

"Faço no papel e colo pelos muros. São drags que fui conhecendo, tem francesas, brasileiras e americanas. Isso aconteceu quando na França houve manifestações contra a igualdade de direitos para casais homossexuais. Na época, muita gente foi às ruas manifestar contra e achei que essa poderia ser a maneira de ser a favor. Não gosto de nada contra e a cultura drag queen tem muito a ver com o meu trabalho, de maneira alegre e exuberante", conta.

Quem quiser conhecer um pouco mais do trabalho de Rafael Suriani, clique aqui.

Surgiu também referência indígenas. (Foto: André Bittar)
Surgiu também referência indígenas. (Foto: André Bittar)

Confira a galeria de imagens:

  • Projeto Street Queens pelas ruas de Paris.
  • Projeto Street Queens pelas ruas de Paris.
  • Projeto Street Queens pelas ruas de Paris.
  • Projeto Street Queens pelas ruas de Paris.
  • Projeto Street Queens pelas ruas de Paris.
Nos siga no Google Notícias