De chevette 1974, casal já rodou o país e chegou no Ushuaia

Perrengues? Alguns. Problemas mecânicos? Também. Mas a verdade é que tudo sempre foi pequeno perto da realização de viver a tranquilidade na estrada. À bordo de um Chevette Tubarão 1974, o casal Emanoele Mariani, de 24 anos, e Assis Conrado Farias, de 29, visitaram 18 estados brasileiros e chegaram até Ushuaia. A dupla conheceu recentemente o Pantanal sul-mato-grossense e os encantos de Bonito.

O estilo de vida começou há aproximadamente dois anos. Assis e Manu deixaram a vida que tinham no Rio Grande do Sul e se aventuraram em um motorhomeiros. Venderam tudo o que tinham e compraram o veículo. Depois chegou o Chevette, que foi comprado quase na sucata e todo reformado. Agora, inclusive, depois de tantas aventuras, eles estão rifando o carro.

“Tínhamos uma farmácia. Assis era farmacêutico, eu fazia faculdade de Marketing. Aí decidimos comprar uma van, construir um motorhome e sair na estrada. Desde então, rodamos todo o Nordeste e fomos até Ushuaia. E vivemos de produção de conteúdo. Mas já fizemos outros trabalhos no início para nos manter na estrada. Desde vídeos para turistas com drone até mesmo venda de palha italiana na praia de Porto de Galinhas”, conta ela.

Manu relembra que tudo começou quando eles resolveram procurar casais que faziam o tipo de viagem que eles fazem hoje.

“Encontramos um casal que viajava nesse estilo e decidimos que queríamos a mesma coisa para nossa vida. Se libertar da rotina do dia a dia. Cada dia é uma aventura e uma luta, porque viemos de baixo, nunca ganhamos nada de mão beijada, então sempre tivemos que batalhar para conseguir as coisas, e sempre vai ser assim”.

Dentre os tantos destinos que já visitaram, o casal não consegue decidir qual foi o melhor. Na lista de lugares que conquistaram o coração dos dois aparecem lenções maranhenses, Villa La Angostura, na Argentina, El Chaltén, também na Argentina, Bonito e São Miguel dos Milagres, em Alagoas.

Entre os sonhos do casal para o futuro está fazer a tão sonhada eurotrip e ir até o Alasca de motorhome no próximo ano.

“Acredito que o medo domina demais as pessoas, quando, na verdade, elas são capazes de muito mais do que imaginam. O segredo está em agir, seguir em frente sem se prender ao que pode dar errado. É preciso buscar a felicidade, arriscar".

Ela fala que se os planos não saírem como o esperado,  não há motivo para dor.

"No fim das contas, não levamos nada dessa vida mesmo. A gente consegue dominar o mundo. Quando realmente tu quer uma coisa, tu consegue, mas tem que realmente querer.”

Na questão perrengue, a viajante conta que eles colecionam alguns problemas mecânicos, que, segundo ela, todos foram solucionados com tranquilidade.

“Várias vezes falamos que preferimos estar com o carro estragado lá numa praia do Nordeste do que estar trabalhando na nossa rotina (que era na farmácia).”

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