Há 30 anos, avó reza terço para Santa Luzia em agradecimento ao milagre do neto
Faz quase 30 anos que o dia 13 de dezembro passou a ser sagrado para a família da aposentada Irene Vieira Rezende, de 73 anos. Dia da protetora dos olhos, na última sexta-feira, a avó agradeceu à Santa Luzia pela cura do neto, que quase perdeu a visão quando criança, em um jantar para amigos e familiares na sala de casa.
No início do terço, ela conta a história para quem não conhece, de que o neto Rafael viajou para onde pode em busca de tratamento médico para uma doença que até hoje ninguém sabe dizer o que foi, mas a cura, dona Irene garante que veio pela fé.
“É pela minha fé. Eu tenho desde criança, aprendi a ter fé. Ele estava com o problema e dia 13 de dezembro estava próximo, vou começar a fazer o terço e convidar amigos. E é todo dia 13, nunca deixei de fazer”, conta. Foi um longo tempo até que a cura viesse. Irene acompanhou passo a passo da melhora. “Os médicos diziam, esse menino vai ter que operar e até hoje ele nunca operou”, confirma.
A oração destinada à Santa é carregada de emoção para uma senhora que a vida inteira foi devota. Entre os agradecimentos pela presença de todos, ela reforçou o compromisso de que continuará com sua promessa viva, justificando que a prova de tudo isso é a boa saúde do neto.
“Ele tem 29 anos, se formou em Engenharia e quase não usa óculos e eu continuei a fazer as orações porque me sinto bem”, afirma. Os pedidos vão além da gratidão pela visão do rapaz, mas para que o milagre também aconteça na vida dos presentes ali.
Nestes 30 anos, o marido de Irene morreu, ela se mudou de casa e mesmo assim, continua fiel à promessa. “Primeiro em Deus, depois Santa Luzia”, completa.
Quando o motivo da reunião chega à casa da avó, todos os olhos se voltam para Rafael Rezende, hoje com 29 anos. “Ninguém sabia o que eu tinha, quase perdi a visão de um lado, não entendi porque era pequeno, mas o que curou, antes de tudo foi a fé da minha avó”, explica.