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Comportamento

O cara foi mexer com Deus e acabou blindado na cadeia! Vai vendo

Ângela Kempfer | 02/10/2015 10:35
Gilmar Olarte chega ao Imol (Instituto Médico Legal) (Foto: Marcos Ermínio)
Gilmar Olarte chega ao Imol (Instituto Médico Legal) (Foto: Marcos Ermínio)

Seria ótimo se Deus existisse como um cara que não leva desaforo pra casa. Ao invés de guardar os castigos para depois da morte, que mandasse em vida mesmo uns raios na cabeça de quem faz o mal premeditadamente.

Mas para o julgamento justo, o manda chuva teria de ser bem diferente do Deus que a gente ouve falar em algumas igrejas por aí. Não poderia diferenciar os “filhos” por gênero, por exemplo. Mulher e homem, na avaliação dele, teriam o mesmo poder, sem nenhum precisar submeter sua forma de vestir ou de se comportar ao outro.

Também não veria qualquer problema no amor entre pessoas do mesmo sexo ou em fiéis que não frequentam templos ou pagam dízimos. Para o Deus do judiciário divino, o único valor estaria no bem. Na vontade sincera de cada um em praticar o bem, mesmo que não orasse uma vez ao dia. Ele respeitaria pessoas que agradecem a pessoas, não aos santos ou divindades.

Caso contrário, as incinerações em vida seriam cotidianas e pelos motivos mais humanos. Ninguém poderia vacilar, mesmo que na tentativa de acertar. Haveria gente lutando diariamente contra a própria natureza só para escapar do poderoso intransigente.

Como ninguém por aqui sabe o que realmente acontece após o sepultamente, é melhor pensar que Deus tem os motivos dele para deixar os acertos de contas para depois. E espero não descobrir tão cedo quais são.

Então, nos resta cobrar eficiência da tal justiça dos homens e tirar Deus da nossa história política recente.

Por aqui, Gilmar Olarte se entregou, está lá no xilindró desde a madrugada, e continua dizendo que é um ser abençoado e que, por isso, será agraciado, nem que seja no céu. Jurou que era blindado e agora está em um lugar onde ninguém sai e só quem entra (teoricamente) é bandido.

Na minha opinião (minha mesmo), é a prova de que a divindade não faz nenhum acerto em vida. Não tem essa de que o dito está pagando por ter blasfemado, por ter carregado uma legião de devotos para as urnas e até sumido com alguns cheques deles pelo caminho para pagar pelo fim dramático do desafeto.

Quero exercitar a fé de que as coisas chegaram a esse ponto por estarmos mais perto de uma Justiça feita por homens decentes e não acreditar que o juízo final terreno está perto só porque nosso ex-prefeito é um zero à esquerda no cenário político local.

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