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Comportamento

Como a vida pode ser depois de um motor home

Ângela Kempfer | 06/02/2012 16:19
Zizo e o motor home.
Zizo e o motor home.

Um motor home sempre pronto para viajar, com 860 litros de combustível no tanque. Uma disposição que virou estilo de vida para a família de Adalgizo Sarmento, de 41 anos. “Ele está sempre pronto para pegar a estrada”, confirma.

Depois de onze meses de trabalho, o ônibus ano 86 virou motor home. Adalgizo planejou tudo sozinho, apesar de ser analista de sistemas. Em abril de 2010, ele comprou o veículo em Minas Gerais. Após muita procura pelo Brasil, o encontrou em Santo Antônio do Norte. Em março de 2011 ele estava pronto.

Os 50 lugares do ônibus de turismo sumiram. No lugar, o novo proprietário instalou duas suítes, além de sala e cozinha muito bem equipadas. “Quer um liquidificador para fazer um suco? Tem. Quer uma batedeira? Tem. Até máquina de café expresso tem”, reforça “Zizo”, como é conhecido.

No teto, há um “terraço” fechado, ideal para acompanhar eventos, como corridas, ou só festejar. “Um dia paramos no meio da viagem para assistir jogo do Palmeiras e fazer um churrascão”.

Sócio em uma empresa de preparação para concursos, ele “namorava” esse tipo de “casa sobre rodas” sempre que viajava com a família. “A gente ia para Santa Catariana e na entrada tinha uma revenda de motor home. Mas um novo é muito caro, custa R$ 900 mil”, lembra.

Um engenheiro mecânico e um arquiteto fizeram o projeto e então começou a procura pelo veículo ideal. “Comprei e desmontamos tudo, começamos só com a lataria”. Hoje estima que tem um bem de mais de 300 mil reais.

O ônibus na cidade onde foi comprado, em Minas.
O ônibus na cidade onde foi comprado, em Minas.
O processo de modificação durou 11 meses.
O processo de modificação durou 11 meses.

O funileiro retirou as janelas originais, trocou por outras maiores, o que deu o ar de casa ao ônibus. O marceneiro concluiu dando forma às duas suítes, uma de casal e outra de solteiro para os 3 filhos.

No total, a capacidade é para dez pessoas. “Tenho minha cunhada que sempre viaja com a gente e os outros convidados dormem na sala”, explica Zizo.

Na estrada - A primeira viagem foi para Ponta Porã e a mais recente para a Bahia. Zizo, a esposa, os filhos, a cunhada de 65 anos e a sogra de 85 passaram as férias em Porto Seguro. “Todo mundo adorou”, conta.

No caminho, o único cansado era o motorista, garante o dono, que é enfático: “O meu motor home só eu dirijo”.

Na hora de descansar, a vantagem é que a casa segue junto. “É só estacionar em um posto e ficar. Se tiver uma tomada, ligo o motor home na energia e tudo funciona dentro de casa”, caso contrário, Zizo ainda tem a opção de acionar o gerador a diesel ou o banco de baterias.

“Já fui para Pelotas e enfrentamos um frio de 4 graus, mas dentro era 28 a temperatura, por causa do ar condicionado que é quente ou frio”. E no caso de imprevisto... “carrego um Gurgel atrás”, revela Zizo.

Se tiver de escolher entre arrumar a casa em campo grande ou investir no motor home... “é no motor home que vai o dinheiro”, avisa.

Além de ser mais barato, por dispensar custo com hotéis, o analista de sistemas lembra da liberdade. “Não tem de planejar nada, marcar hotel, comprar passagem. É só pegar e sair”.

Hoje, a estrutura de hotel 5 estrelas.
Hoje, a estrutura de hotel 5 estrelas.
O quarto do casal.
O quarto do casal.
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