ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 33º

Diversão

Por segurança, moradores ocupam praça para contar histórias e se conhecer

A ideia foi reunir a vizinhança para um momento de lazer e diversão, também com barraquinhas de comida

Alana Portela | 07/09/2019 08:58
As famílias assistindo a contação de histórias (Foto: Alana Portela)
As famílias assistindo a contação de histórias (Foto: Alana Portela)

Com comida, música, contação de histórias e vendas de frutas e verduras, os moradores do Carandá Bosque ocuparam a “Praça da Paz, Breno e Leonardo”, em Campo Grande. Ontem à noite, eles saíram de casas e se reuniram no centro do local, montando barracas e colocando mesas e cadeiras. “A proposta é unificar, trazer a família pra dentro da praça”, afirma a organizadora do evento, Deborah Mazzola.

Ela é delegada de polícia, mora na região há sete anos, e costuma frequentar o local aos finais de semana, com os filhos. “Fazemos piqueniques. Tem certos momentos que a gente vê muitos usuários de drogas. Eles ocupam o local até em alguns horários, mas queremos afastar isso e trazer as famílias”, explica.

Na estreia, a participação da comunidade animou. “É a primeira edição, queríamos ver se ia dar movimento, para saber se íriamos realizar os próximos. O evento encheu, vamos nos ajustar para ver o que vai acontecendo”.

A delegada, Deborah Mazzola organizou a feira (Foto: Alana Portela)
A delegada, Deborah Mazzola organizou a feira (Foto: Alana Portela)
A advogada Erika Gondim Braaus participou do evento (Foto: Alana Portela)
A advogada Erika Gondim Braaus participou do evento (Foto: Alana Portela)

Para a feira, as mães providenciaram recreação infantil para a criançada brincar na praça até cansar. Enquanto os filhos se divertiam, os pais aproveitaram para se reunir com a família, bater-papo e jantar. Barracas levaram sobá, yakisoba, espetinho, pastel, açaí, frutas, verduras, legumes e caldo de cana.

Deu ainda para olhar os artesanatos e folhear livros à venda. Para completar, teve também música ao vivo. A festa começou às 17h30 e continuou até o final da noite.

Para Vera Mayer, foi também oportunidade para conhecer a vizinhança. “Essa união afasta a violência porque, com os eventos, a gente consegue identificar quem é quem. E se a gente vê algo estranho, sabemos que devemos acionar a polícia”.

Conforme ela, a rotina corrida tem dificultado o contato entre os vizinhos. “O fato da mulher sair cedo para trabalhar, acaba com aquela questão da dona de casa ir ao mercado, encontrar todos, ver o vizinho sair de manhã. Tem uma galera que conheci quando vim morar no bairro e só por conta da feira estou revendo”.

As famílias Foizer  e Fumagali reunidas  (Foto: Alana Portela)
As famílias Foizer e Fumagali reunidas (Foto: Alana Portela)

Sueli Ito Ando levou a filha, Fernanda Namie, de 8 anos para se divertir na feira. “Está muito legal, estou vendo um monte de gente, ouvindo histórias. Já fui em outros eventos, mas nunca tinha vindo num aqui”, falou a pequena.

O empresário, Henriquei Fumagali mora no bairro há dez anos. Para ele, o evento é fundamental. “É completo para a família, ter isso no bairro é importante e proporciona a inclusão. Não precisamos sair da região para se divertir”, diz. Ao lado da esposa, filhos, sogra, cunhados e sobrinhos, sentaram-se em torno de uma mesa e jogaram conversa fora enquanto prestigiavam a feira.

A advogada Erika Gondim Braus vive por ali há mais tempo, 16 anos, e sente falta de atividades simples, como a da noite de sexta. “Aqui não tem eventos para quem quer sair de casa. Isso é necessário porque vamos na Praça da Bolívia, não tem nenhum aqui”, falou.

Curta o Lado B no Facebook e no Instagram

Confira a galeria de imagens:

  • Campo Grande News
  • Campo Grande News
  • Campo Grande News
Nos siga no Google Notícias