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Política

Após lavar roupa suja, PMDB cobra fidelidade partidária

Redação | 14/10/2010 11:52

Após mais de duas horas de reunião a portas fechadas, o PMDB de Mato Grosso do Sul anunciou que vai cobrar, nas próximas eleições, fidelidade partidária de seus filiados e da bancada do partido na Assembleia Legislativa.

Durante o encontro, que aconteceu na sede estadual do PMDB, os principais líderes discutiram o comportamento da sigla no primeiro turno das eleições, quando muitos prefeitos, deputados e vereadores acabaram apoiando candidatos de partidos adversários.

"Dissemos aqui que não podemos mais brincar de partido. Foi uma promiscuidade muito grande de lado a lado nestas eleições, não se respeitou nem mesmo as coligações", observou o presidente regional do PMDB, Esacheu Nascimento.

"A democracia se faz com partidos fortes, então se as pessoas não estão satisfeitas com os candidatos do partido, ou com o programa do partido, têm toda a liberdade de sair", continuou.

Segundo o dirigente, o próprio governador André Puccinelli fez uma "mea culpa" e admitiu que o PMDB precisa marchar mais unido nas próximas eleições.

"Vamos então fazer uma reunião específica, no começo do ano que vem, e vamos tratar disso. Pelo menos o PMDB que eu presido vai ser um partido que vai ter que cumprir o princípio da fidelidade partidária", anunciou.

Segundo Esacheu, o PMDB precisa ter pessoas comprometidas, começando pela Assembleia Legislativa.

"A bancada do partido, a partir de agora, vai sentar com a Executiva e nós vamos colocar as questões que deverão ser encaminhadas. Hoje, do jeito que está, o sujeito se elege e passa a ter o mandato como um patrimônio, e não dá nenhuma reverência ao partido", criticou.

"A partir de agora, a Executiva vai participar de questões fundamentais, como a escolha de liderança, sob pena de nós não existirmos como um verdadeiro partido político", finalizou.

Infiel - O governador André Puccinelli admitiu que a possibilidade de expulsão do senador Valter Pereira foi discutida na reunião, mas que ele pediu que o assunto fique "congelado", pelo menos por enquanto.

"A Juventude falou sobre isso, mas eu pedi para deixar quieto, vamos falar sobre isso depois", despistou.

Depois de ter sido alijado do processo sucessório ao Senado, ou seja, ter perdido as prévias internas para Waldemir Moka, que acabou sendo eleito senador, Valter resolveu "mudar de lado".

Ele não só apoiou as candidaturas de Zeca do PT ao governo e Dagoberto Nogueira (PDT) ao Senado, como apareceu na TV pedindo voto para os dois. Nenhum deles conseguiu se eleger e o mandato de Valter termina em dois meses.

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