DEM vai "convidar" Bambu e Marcelo Barros a se desfiliar
Depois do pedido de desfiliação do ex-presidente da Câmara de Dourados, Sidlei Alves, preso por envolvimento em esquema de corrupção em Dourados, outros dois indiciados na operação "Uragano", da Polícia Federal, podem ser "convidados" a se desligarem da sigla.
O assunto foi discutido ontem à tarde, durante reunião da Executiva na sede do partido, em Campo Grande.
O presidente regional do DEM, deputado estadual Zé Teixeira, disse que vai "aconselhar" Marcelo Barros e Paulo Henrique Bambu a pedirem desfiliação. Se isso não acontecer, o comando da sigla em Dourados terá de "tomar providências".
"Se eles não quiserem sair, a Comissão Provisória terá que tomar as providências. Acho até que isso já devia ter sido feito", comentou.
De acordo com Zé Teixeira, os dois vereadores afastados precisam compreender que o DEM passa por um momento de transição e que terá um candidato a prefeito de Dourados.
"Eles tem que entender que o Murilo será candidato, já tivemos esse problema de envolvimento deles nesse escândalo, e a sociedade cobra, é preciso moralizar o partido", detalhou.
Ao todo, nove dos 12 vereadores de Dourados foram afastados do cargo acusados de receber propina da prefeitura. Alguns foram filmados pelo jornalista Eleandro Passaia, sob orientação da Polícia Federal, recebendo dinheiro ilícito.
O então presidente da Câmara e o primeiro-secretário, Júnior Teixeira, continuam atrás das grades, assim como o vereador Edivaldo Moreira.
Outros parlamentares foram presos, mas conseguiram a liberdade por meio de habeas corpus.
A operação Uragano também resultou na prisão do prefeito Ari Artuzi (expulso do PDT) e de seu vice, Carlinhos Cantor. A prefeitura está sendo comandada interinamente pela vereadora Délia Razuk (PMDB), eleita como nova presidente da Câmara.
