Enfraquecido, movimento pede audiência pública sobre mobilidade
A manifestação marcada para a manhã desta terça-feira na Câmara Municipal de Campo Grande tem o clima bem mais calmo que dos últimos dias, quando houve quebra-quebra no Legislativo Municipal.
Hoje, pouco mais de 100 pessoas estão no plenário. Ao ocupar a tribuna, o representante do grupo solicitou a realização de uma audiência pública sobre mobilidade urbana, para discutir, entre outros assuntos relacionados, o transporte coletivo – principal reivindicação dos protestos que surgiram em todo o País.
Segundo um dos porta-vozes do movimento em Campo Grande, Alan Brito, a ideia agora é reunir todos os dias na Praça do Rádio, sempre às 17 horas, pessoas descontentes com os rumos da cidade, para discutir propostas e mobilizações.
Apesar do assunto já ter sido tema de audiência neste mês, durante comemorações da semana do Meio Ambiente, os vereadores assinaram termo de compromisso de realização de novo encontro sobre o assunto.
A data será definida pelos próprios manifestantes em assembleia no próximo sábado, às 16 horas, na Praça do Rádio. A ideia é chamar um representante do Movimento Passe Livre de São Paulo, que começou com a mobilização nacional.
Ontem, o grupo de Campo Grande também criou oito grupos permanentes de trabalho divididos em temas: o de combate a opressões (contra preconceito racial e sexual), de democratização da comunicação; da questão agrária (de assuntos relacionados aos índios, quilombola, sem terras e o sindicatos dos produtores), da transparência da gestão pública, de mobilidade urbana, do transporte (sobre acessibilidade e bens culturais), de educação, de cultura e saúde.
A próxima movimentação será na sexta-feira (28), de apoio a ato nacional do MST (Movimento dos Sem Terras) que deve acontecer na mesma praça.