ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 29º

Política

Fábio Trad propõe audiência pública para discutir violência na fronteira

Paula Maciulevicius | 25/06/2013 08:02

A pedido do deputado federal Fábio Trad (PMDB), a Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados promove audiência pública para debater a violência na fronteira entre Brasil, Paraguai e Bolívia. A realização da audiência partiu da solicitação do movimento Mães da Fronteira, criado por Lilian Silvestrini e Ângela Fernandes, mães dos estudantes Luigi Silvestrini de Araújo e Leonardo Batista Fernandes, mortos em agosto do ano passado por bandidos que tentavam levar o veículo em que eles estavam para a Bolívia, em troca de três quilos de cocaína.

A violência na fronteira reflete diretamente no Estado, que tem 753 quilômetros de fronteira seca com os dois países, usados como corredor do tráfico de drogas e do roubo de veículos.

Segundo o deputado Fábio Trad, a audiência deve contar com a participação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo; da diretora geral do Departamento de Polícia Rodoviária Federal, inspetora Maria Alice Nascimento de Souza; do superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul, Paulo Marcon; da defensora pública Edna Regina Batista da Cunha, titular da 6ª Defensoria Pública da 2ª Instância: do juiz federal, Odilon de Oliveira, além de familiares dos jovens, que já têm agendada uma audiência com o ministro da Justiça no próximo dia 29 de agosto.

O grupo Mães da Fronteira defende um reforço na fiscalização das fronteiras, se possível com a criação de uma força policial. “Queremos que todos os carros que atravessem as fronteiras sejam fiscalizados, vistoriados, se isso for feito, não passará mais drogas e armas de nenhum lado, e consequentemente vamos salvar vidas”, acredita a mãe de Breno, Lilian SIlvestrini.

O deputado Fábio Trad considera importante a audiência para sensibilizar o Governo Federal e a sociedade para a necessidade de reforçar a segurança na região fronteiriça. “A audiência será uma oportunidade para o ministro e os parlamentares conhecerem casos como os que deram origem à criação do grupo Mães da Fronteira. Para o movimento também será vital porque garante visibilidade ao seu justo anseio”.

O ministro José Eduardo Cardozo chegou a anunciar a criação de um corpo permanente de polícia nas fronteiras, mas reconheceu que a fixação de policiais nestas áreas é uma tarefa difícil. Segundo o ministro, o custo alto e a dificuldade de moradia e de os policiais visitarem os parentes são fatores que contribuem para a rotatividade do efetivo nesses locais.

Nos siga no Google Notícias