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Política

Impasse sobre denúncia contra André e 40 pessoas será decidido no TRF

As denúncias são relativas à obras na MS-040, fraudes no Aquário do Pantanal e em contratos com a Gráfica Alvorada

Aline dos Santos | 24/09/2018 08:26
Puccinelli foi preso em 20 de julho pela Polícia Federal. (Foto: André Bittar/Arquivo)
Puccinelli foi preso em 20 de julho pela Polícia Federal. (Foto: André Bittar/Arquivo)

O impasse sobre a denúncia contra o ex-governador André Puccinelli (MDB) e 40 pessoas vai chegar ao TRF 3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região).

Primeiro, a ação, que cobra R$ 308 milhões de prejuízos por danos materiais, foi rejeitada pelo titular da 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande, juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira. A denúncia faz parte da operação Lama Asfáltica, que resultou na prisão de Puccinelli em 20 de julho.

Para o magistrado, o “oferecimento da denúncia monolítica poderia dificultar o trabalho judiciário até o nível do irrazoável”. A sugestão era que o documento, com 180 páginas e “incrível” quantidade de denunciados, fosse “fatiado”.

Na sequência, o MPF (Ministério Público Federal) recorreu da decisão por meio de um embargo de declaração, recurso utilizado para pedir esclarecimentos. Depois de ter seus embargos de declaração rejeitados, a procuradoria partiu para um “recurso em sentido estrito”.

Nessa modalidade, diferentemente dos embargos de declaração, o recurso não é analisado pelo autor da decisão. Mas dirigido ao tribunal e pretende modificar a decisão que rejeitou a denúncia. Agora, todos os denunciados são intimados do recurso apresentado pelo MPF e podem apresentar contrarrazões. Depois disso, o recurso seguirá para o Tribunal Regional Federal da 3ª Região, onde será apreciado.

André Puccinelli e as 40 pessoas foram denunciadas por crimes previstos na Lei de Licitações e Contratos, Lei dos Crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, Lei das Organizações Criminosa e no Código Penal.

As denúncias são relativas à obras na MS-040, fraudes no Aquário do Pantanal, fraudes nas contratações sem licitação com a Gráfica Alvorada e organização criminosa.

Resultado de uma força-tarefa, formada por PF (Polícia Federal), CGU (Controladoria-Geral da União) e Receita Federal, a Lama Asfáltica contabiliza 57 denunciados e 11 presos, sendo quatro mulheres em prisão domiciliar.

A Lama Asfáltica já contabiliza sete ações penais, todas com denúncias recebidas pela Justiça Federal. A lista dos que estão atrás das grades tem Puccinelli, André Puccinelli Júnior (advogado), João Paulo Calves (advogado), Edson Giroto (ex-deputado federal e ex-secretário de Obras), João Alberto Krampe Amorim dos Santos (empresário), Flávio Henrique Garcia Scrocchio (empresário) e Wilson Roberto Mariano de Oliveira (servidor). 

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