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Política

Prefeitura revoga extrato que "dava" R$ 40 mil para entidade de pastores

Texto foi publicado em edição extra do Diogrande, nesta terça-feira (3)

Por Alison Silva | 03/10/2023 18:57
Prefeitura revoga extrato que "dava" R$ 40 mil para entidade de pastores
A prefeita Adriane Lopes (PP), ao lado do presidente do Conselho de Pastores de Mato Grosso do Sul, Wilton Acosta, no lançamento da campanha. (Foto: Marcos Maluf)

Vinte e quatro horas depois de ato que "legalizaria" repasse de R$ 40 mil para congregação de pastores, responsável por organizar as atividades da "Semana da Criança", a Prefeitura de Campo Grande revogou a publicação. O texto foi disponibilizado em edição extra do Diogrande (Diário Oficial de Grande Grande), no fim desta terça-feira (3).

O lançamento da Semana da Criança aconteceu na manhã desta segunda-feira (2) e contou com a presença da prefeita Adriane Lopes (PP) e do presidente do Conselho de Pastores do Mato Grosso do Sul, Wilton Acosta, candidato derrotado a deputado federal pelo Republicanos. As atividades relacionadas a campanha estão marcadas para acontecer na antiga Cidade do Natal, hoje Vila Morena, situada no prolongamento da Avenida Afonso Pena.

Conforme o anúncio, as festividades seriam promovidas pela Sectur (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo) em parceria com a Sebe (Sociedade Evangélica Beneficente), entidade comandada por Acosta.

Para repassar dinheiro à entidade, a prefeitura informou a dispensa de tornar pública a convocação de outros eventuais candidatos a promover o evento, alegando a impossibilidade de realizar a seleção oficial, uma vez que a entidade religiosa seria a única capaz de organizar as celebrações previstas, por ter “comprovada experiência na realização do evento objeto da parceria, dada sua notória expertise e experiência acumulada ao longo dos anos, especialmente no que diz respeito ao teor religioso do evento".

Conforme repassou Acosta, via mensagem de texto ao Campo Grande News, o orçamento total do evento seria de R$ 250 mil, vindo o restante de igrejas e patrocínios.

Líderes de outras religiões não foram convocados a se unirem ao trabalho de combate à violência contra crianças de Campo Grande. O chefe da Igreja Católica na Capital, dom Dimas Lara Barbosa, por exemplo, disse à reportagem que não recebeu convite e que no Conselho Presbiteral, “ninguém sabia dessa iniciativa”.

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