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Política

Simone Tebet tenta se afastar da imagem de Renan Calheiros para o Senado

Para tentar se eleger, a emedebista quer emplacar campanha fora do Congresso; alagoano faz parte do grupo que apoia a senadora

Guilherme Correia | 26/01/2021 11:59
Senadora Simone Tebet (MDB-MS) em no início do ano passado (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Senadora Simone Tebet (MDB-MS) em no início do ano passado (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Na disputa pela presidência do Senado, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) tem buscado se desassociar da imagem de Renan Calheiros (MDB-AL). Por estar em desvantagem e com quase todas as bancadas já definidas, a estratégia é fazer uma mobilização fora do Congresso para aumentar a pressão e tentar reverter votos de senadores.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a equipe da emedebista busca repetir o fenômeno "Renan, não!", que contribuiu para a derrota do senador alagoano há dois anos quando disputou o comando da Casa. A diferença, agora, é que Calheiros está no mesmo lado de Tebet.

Junto a representantes da Juventude do MDB e de outros movimentos como o MDB Mulher e o Afro, a ideia é defender uma "renovação", indo de encontro ao candidato apadrinhado por Alcolumbre, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Um grupo de trabalho com 22 pessoas, entre especialistas em comunicação e membros dos movimentos de base do MDB, foi formado para reforçar a imagem da senadora como independente e combativa, que estaria enfrentando representantes da "velha política".

Simone utiliza redes sociais para emplacar hashtags e ganhar força popular (Foto: Reprodução/Twitter)
Simone utiliza redes sociais para emplacar hashtags e ganhar força popular (Foto: Reprodução/Twitter)

Entre as ações que têm sido realizadas está o uso constante das mídias sociais, como forma de atingir maior totalidade do público. O volume de conteúdo publicado no perfil da senadora no Twitter, por exemplo, é muito maior que o disseminado pelo principal concorrente.

Além da mobilização nas redes, Tebet participou na última quarta-feira (20) de uma reunião com o Grupo Mulheres do Brasil, liderado pela empresária Luiza Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza.

Campanha já emplacou - Renan era o favorito para vencer pela quinta vez a disputa pela presidência do Senado no início de 2019. Venceu a própria Tebet em uma disputa interna na bancada do MDB (Movimento Democrático Brasileiro), quando teve início um movimento dentro do Congresso e na sociedade civil contra a sua candidatura.

Senadores foram cobrados por posicionamento, o que fez com que muitos anunciassem abririam seus votos no dia da eleição para enfraquecer as movimentações de bastidores em favor do alagoano, convocando seus pares a fazerem o mesmo.

Ao perceber que não teria mais força, Renan retirou a candidatura e abriu caminho para a vitória de Davi Alcolumbre (DEM-AP). Tebet foi uma das articuladoras da candidatura de Alcolumbre, defendendo em plenário a dissidência de Renan.

Ainda conforme o jornal, Tebet se defende de uma possível "contradição" ao dizer que há uma renovação por parte do partido - sinalizada também pela candidatura do deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP).

Eleição - Quatro senadores disputam a presidência do Senado para os próximos dois anos, com eleição prevista para o início de fevereiro. Anunciaram candidaturas Simone Tebet (MDB-MS), Rodrigo Pacheco (DEM-MG), Major Olimpio (PSL-SP) e Jorge Kajuru (Cidadania-GO). Novas candidaturas podem ser apresentadas até o dia da eleição.

Pacheco, apadrinho pelo atual presidente Davi Alcolumbre (DEM), conta até o momento com apoio de nove bancadas, que podem garantir 44 votos, conforme aliados. Já que a votação tem caráter secreto, podem haver "traições".

São necessários 41 votos para vencer a eleição, a maioria absoluta dos senadores.

Os aliados de Tebet, por sua vez, dizem acreditar que a senadora tem atualmente pelo menos 33 votos. Por isso, um dos públicos-alvo para tentar reverter a vantagem de Pacheco é justamente o voto feminino no Senado.

Pacheco formou um bloco heterogêneo, que reuniu partidos de oposição, como PT e PDT, assim como o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o Republicanos, legenda de seu filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (RJ).

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