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Direto das Ruas

População denuncia perturbação sonora com montagem de palco próximo a hospital

Paula Maciulevicius | 16/07/2011 12:16

Evento desta manhã foi montado nas proximidades do Hospital Regional, em Campo Grande

Apesar da Lei do Silêncio, ainda assim palco de grande evento foi montado em frente a hospital. (Foto: Marcelo Miranda)
Apesar da Lei do Silêncio, ainda assim palco de grande evento foi montado em frente a hospital. (Foto: Marcelo Miranda)

A montagem do palco para o evento “Concentração de Fé e Milagres”, no Parque Ayrton Senna, próximo ao Hospital Regional, indignou a população. Leitor do Campo Grande News, o publicitário Marcelo Miranda, de 30 anos, enviou a foto que mostra a preparação.

O palco foi montado muito próximo do hospital, o que por lei municipal, é proibido. De acordo com a legislação, hospitais, escolas, bibliotecas públicas e postos de saúde devem ter o direito de silêncio excepcional assegurado em um raio de 200 metros.

No entanto, o cenário visto pelo leitor se mostrou contrário. “Isso é um absurdo, um mega evento não pode ser feito na frente do hospital, é uma situação muito delicada”, declara Marcelo.

A foto tirada ontem pelo celular mostrava o palco sendo montado. O evento traz a participação de um pastor conhecido por arrastar multidões, o que consequentemente traz toda poluição sonora direto para os pacientes.

“Em hospital o requisito básico é o silêncio, a tranquilidade, é uma área muito delicada e vira uma bagunça em volta. O palco está virado para o hospital, com a diferença de uma rua apenas”, acrescenta o publicitário.

Procurando saber da permissão para a realização do evento, Marcelo foi até o Ministério Público e constatou que não havia nenhum alvará de autorização. Por ser área estadual, ele narra que na prefeitura ninguém sabia e no governo o horário de expediente tinha terminado.

“Fui entrar com uma representação no Ministério Público. Não é nem pelos vizinhos, é uma questão com os pacientes, fui saber se era correto evento de grande porte acontecer na frente de um hospital”.

Segundo Marcelo, o Ministério Público vai investigar se o culto estava autorizado ou não.

“Era preciso um lugar mais apropriado, imagina na frente de um hospital? Ali tem gente de tudo quanto é tipo de trauma, em estado grave. E o médico então? Fazendo cirurgia com todo barulho em volta?”, completa.

Em 2004, a Câmara de Vereadores da Capital criou o serviço “Disque Silêncio”, para oferecer à população um número de telefone disponível 24 horas por dia, todos os dias da semana, para adotar as providências necessárias quando a paz e o sossego estiverem sendo perturbados por algazarra, som alto ou qualquer outro tipo de barulho, incompatível com os padrões de normalidade.

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