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Economia

Geadas causam perdas e só prejuizo da cana chega a R$ 600 milhões

Aline dos Santos | 19/08/2013 11:44
Em Rochedinho, distrito de Campo Grande, girassóis queimados pela geada. (Foto: Lucimar Couto)
Em Rochedinho, distrito de Campo Grande, girassóis queimados pela geada. (Foto: Lucimar Couto)
Com perdas, produção de cana será revista. (Foto: João Garrigó)
Com perdas, produção de cana será revista. (Foto: João Garrigó)

As geadas do mês de julho, que registrou recorde de frio dos últimos 38 anos, acarretaram perda de 17% da produção de cana de açúcar em Mato Grosso do Sul, com prejuízo de R$ 600 milhões.

“Quando ocorrem as geadas, as usinas então precisam mudar todo o seu plano de colheita e ir a campo para tirar essa cana o quanto antes, ainda que a planta não esteja no estágio ideal para cortes”, afirma o presidente da Biosul (Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso Sul), Roberto Hollanda Filho.

As perdas são mensuradas de duas formas: massa e qualidade. Em quantidade bruta, foram 4 milhões de toneladas de cana pararam de crescer devido às condições climáticas.

Se levar em consideração a ATR (Açúcares Totais Recuperados), a perda da qualidade equivale a mais 3,5 milhões de toneladas. Nesse segundo estágio, a cana é até colhida, mas é mais pobre em sacarose. Com o impacto das geadas, a produção terá que ser revista.

A Biosul ainda avalia os efeitos da geada registrada em 15 de agosto na região Sul do Estado. Uma das preocupações é a chuva, que pode acelerar o processo de deterioração da cana. Outro problema é a possibilidade de incêndio, pois a palha em que foi convertida a vegetação é altamente inflamável.

Conforme a Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária), as culturas de mais destaque em Mato Grosso do Sul passaram a salvo da geada. O milho já foi colhido e a soja ainda não está em fase de plantio.

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