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Capital

Morador põe fogo, destrói reserva ecológica e mata bichos na Capital

Aliny Mary Dias | 20/08/2013 09:38
Área destruída se recuperada de um incêndio registrado em agosto de 2011 (Foto: Marcos Ermínio)
Área destruída se recuperada de um incêndio registrado em agosto de 2011 (Foto: Marcos Ermínio)

O incêndio, que destruiu mil metros quadrados das 17 hectares do Parque Ecológico Anhaduí na tarde de ontem (19), revolta moradores do bairro Guanandi II e gestores da reserva ecológica.

Segundo relato dos vizinhos da área, as chamas começaram por volta das 15h30 depois que um morador colocou fogo em galhos de uma poda de árvore. Os moradores e funcionários da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) ajudaram no combate das chamas.

“Quando começou o fogo a gente correu e encheu baldes com água para ajudar apagar. Foi muito complicado porque o Corpo de Bombeiro não veio e nós víamos os bichos correndo do fogo para a rua”, explica a professora Ecilda de Souza de 48 anos.

Por conta das chamas que atingiram mais de cinco metros de altura, fios de energia foram atingidos e a sede do parque está sem energia e telefone desde ontem. Equipes de uma empresa terceirizado da Prefeitura foram até o local na manhã desta terça-feira e trabalham na troca dos fios de energia.

Para o morador do bairro que trabalha como vigilante, Gilberto Vilalba, 36 anos, as queimadas poderiam ser evitaras se o espaço fosse melhor aproveitado. “Aqui era necessário ciclovias e academias ao ar livre como foi feito no Horto Florestal. As grades que foram furtadas nunca foram recolocadas e isso facilita a ação dos vândalos”, explica o morador.

Responsável pela administração da Parque Anhaduí, o técnico da Semadur, Osmar Martins, explica que a reserva possui um equipamento de combate a incêndio composto por três bombas costais e cinco abafadores, mas que os itens não foram suficientes para impedir a destruição de mil metros quadrados.

“O vento forte e o tempo seco contribuíram para que o fogo se alastrasse muito rápido. A gente tentou conter, mas foi difícil. Perdemos roedores, mamíferos e répteis, além das árvores que foram plantadas em projetos de educação ambiental”, afirma o gestor da área.

Funcionários continuam no trabalho (Foto: Marcos Ermínio)
Funcionários continuam no trabalho (Foto: Marcos Ermínio)
Fio de energia precisou ser cortado após ser atingido por chamas (Foto: Marcos Ermínio)
Fio de energia precisou ser cortado após ser atingido por chamas (Foto: Marcos Ermínio)

Osmar garante que a única saída para evitar as queimadas é a conscientização dos moradores. Trabalhos de panfletagem e reuniões com vizinhos do parque foram feitos nas últimas semanas justamente para evitar que pequenos focos de incêndio provocados por moradores se transformassem em grandes incêndios.

Antigo problema – O incêndio de ontem aconteceu justamente no local que se recuperada de uma grande destruição ocorrida em agosto de 2011 quando metade do parque foi destruído pelas chamas.

Para a recuperação do solo, os técnicos da Semadur estimam que sejam necessários mais de 5 anos. Já a morte dos animais e plantas é uma baixa que não pode ser calculada. “Temos árvores como os Buritis que levam mais de 50 anos para se desenvolver e abrigam cerca de 20 casais de araras todos os dias”, completa Osmar.

Números – De acordo com o coronel Francismar Vieira da Costa, responsável pelo CPA (Centro de Prevenção Ambiental) do Corpo de Bombeiros, nos primeiros 18 dias de agosto foram registrados 120 focos de incêndio em Campo Grande.

Na última quinta-feira (15), o parque da Mata do Segredo também foi atingido pelas chamas. O incêndio começou em propriedades vizinhas ao parque e o tamanho da área destruída não foi divulgada.

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