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Capital

Rebelião de adolescentes revela ligações de infratores com o PCC

Ana Paula Carvalho e Paula Maciulevicius | 24/05/2012 16:18
Telhado de Unei onde adolescentes se rebelaram nesta tarde. (Foto: Divulgação)
Telhado de Unei onde adolescentes se rebelaram nesta tarde. (Foto: Divulgação)

A rebelião que começou no início da tarde desta quinta-feira (24) na Unei (Unidade Educacional de Internação) Dom Bosco já está controlada. Os adolescentes foram colocados no salão de TV e permanecerão lá até que seja feita uma revista nos alojamentos.

De acordo com informações apuradas pelo Campo Grande News, um dos motivos para a confusão é o envolvimentos de alguns adolescentes com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Eles também reclamam da superlotação. Hoje a unidade está com 77 internos. A capacidade é para 54.

Ao todo, 60 menores participaram da confusão, que teve início por volta das 14h no banho de sol. Eles colocaram fogo em colchões, quebraram cadeados, teto solar, grade do teto e do portão. Eles também destruíram corredores de duas alas. Dos 16 alojamentos, apenas três continuaram com as trancas intactas.

Apenas os 12 adolescentes que estão no alojamento disciplinar, entre eles o menino que matou os dois irmãos no bairro Moreninha II, não se envolveram na rebelião.

Ontem, os agentes e a Polícia Militar impediram uma tentativa de fuga em massa, após serem avisados do plano. Após um pente fino, oito armas artesanais, conhecidas como chuço, foram apreendidas. O objetivo era render os guardas e fugir.

Após o pente fino que será feito nesta tarde os internos serão realocados para os alojamentos que não foram danificados. Equipes da Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais), Policia Militar e Corpo de Bombeiros estão no local.

Sequestro - Entre os rebelados estão os dois adolescentes que mantiveram uma família como refém durante quatro horas na Vila Almeida, em Campo Grande, no dia 12 deste mês.

No momento que os assaltantes entraram na casa, havia seis pessoas, incluindo uma criança de 1 ano e uma senhora de 63 anos. Todas foram trancadas e amarradas dentro de um quarto e ameaçadas com armas de fogo.

De acordo com depoimento da família aos policiais, os assaltantes queriam levar o caminhão do dono da casa, e para isso chegaram a ameaçar de cortar o dedo da criança.

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