Reinaldo critica baixo número de cirurgias em hospital inaugurado em dezembro
Governador afirmou que hospital deveria fazer até 250 cirurgias por mês, mas ainda não alcançou números previstos em contrato
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) não está contente com o desempenho do Hospital Regional de Cirurgias, ativado em dezembro do ano passado no prédio do antigo Hospital São Luiz, em Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande. A unidade foi criada para ajudar a diminuir a fila de pessoas que esperam por cirurgias eletivas na região sul, mas o número de procedimentos feitos até agora está “aquém da expectativa”, segundo o governador.
Além de equipar o local e manter o funcionamento com recursos próprios, o Estado contratou a equipe de profissionais do Hospital Evangélico para fazer as cirurgias. A medida desagradou, na época, o secretário de Saúde de Dourados, Sebastião Nogueira, que criticou o fato de o hospital ter sido entregue ao Evangélico, que enfrenta uma grave crise financeira.
Em entrevista à rádio Grande FM, por telefone, o governador disse hoje (9) que o número de cirurgias está abaixo do esperado. “O hospital de cirurgias tem que avançar mais. Estamos aquém da necessidade. Teria que realizar entre 200 e 250 cirurgias todos os meses. Foi para isso que abrimos aquele hospital”, afirmou o governador, completando que já cobrou providências do secretário estadual de Saúde, Nelson Tavares.
O Campo Grande News apurou que o Evangélico já recebeu pelo menos R$ 2 milhões do governo do Estado para operacionalizar o hospital de cirurgias.
Segundo o governador, a unidade precisa atender mais pacientes, para evitar nova fila de espera – zerada com a passagem da Caravana da Saúde por Dourados, em abril.
A solução definitiva, segundo Reinaldo, será a construção do Hospital Regional junto com um centro de diagnóstico. “Vamos publicar o edital da licitação agora no final do mês. Após a licitação, vamos construir o hospital. Metade dos recursos será do Estado e a outra metade de emendas federais dos deputados Geraldo [Resende] e Marçal [Marçal Filho, ex-deputado]”, afirmou.
O hospital começou a ser construído no governo anterior, mas foi paralisado em janeiro de 2015. Reinaldo afirma que seu antecessor, André Puccinelli (PMDB), cancelou o empenho antes de deixar o cargo.