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Cidades

Mega operação policial apreende drogas e contrabando na fronteira

Viviane Oliveira | 29/11/2011 00:32

O objetivo da ação é combater o crime organizado nas regiões de fronteira

Policiais Federais junto com o Exército fiscalizando ônibus com itinerário Corumbá/Campo Grande no posto da Receita Estadual. (Fotos: Viviane Oliveira)
Policiais Federais junto com o Exército fiscalizando ônibus com itinerário Corumbá/Campo Grande no posto da Receita Estadual. (Fotos: Viviane Oliveira)

A operação conjunta das Forças Armadas Brasileiras Ágata 3, que começou no último dia 22 nas regiões de fronteira com o Peru, Bolívia, e Paraguai, apreendeu drogas, produtos contrabandeados, prendeu traficantes e acusados de aplicar o golpe do seguro – pessoas que vendem o próprio carro na Bolívia e fazem queixa de roubo no Brasil para receber o ressarcimento da seguradora.

A informação é do major da 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira de Corumbá, Denis de Miranda. Segundo ele, o objetivo da operação é combater o crime na faixa de fronteira.

“A Operação não tem prazo para acabar, no final será feito um balanço e divulgado a quantidade de apreensões que foram feitas”, disse Denis.

A iniciativa da ação é do Ministério da Defesa em conjunto com as Forças Armadas Brasileiras que tem o apoio de órgãos federais e estaduais.

Ainda integram a ação Polícia Federal, Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), SRF (Secretaria da Receita Federal), PRF (Polícia Rodoviária Federal, Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e Funai (Fundação Nacional do índio).

A terceira edição da operação abrange a faixa de fronteira dos Estados do Acre, Amazonas, Mato Grosso do Sul e Rondônia.

No Estado, os militares estão instalados em bases de municípios como Corumbá e Ladário. Eles atuam na fronteira com a Bolívia, e em estradas vicinais que ligam o assentamento Taquaral e Urucum que dão acesso a BR-262.

Segundo o tenente Denis, os militares contam também com o apoio da população, que ajuda a operação fazendo denúncias. “As pessoas gostam e aprovam o trabalho em conjunto”.

Policiais contam com a ajuda de cães farejadores para auxiliar na localização de drogas.
Policiais contam com a ajuda de cães farejadores para auxiliar na localização de drogas.
Imagem aérea do Rio Paraguai, umas das regiões fiscalizadas pela operação.
Imagem aérea do Rio Paraguai, umas das regiões fiscalizadas pela operação.

O boliviano Horlando Galeano, 34 anos, disse que esse tipo de ação traz mais tranqüilidade e segurança para a família. Seu veículo foi barrado para vistoria quando entrava em Corumbá.

O agente tributário estadual Rafael Ferreira de Brito ressalta que qualquer mercadoria que entrar no Estado sem nota fiscal é contrabando. “As pessoas tentam burlar o posto da Receita Federal que fica na fronteira, quando chegam aqui os produtos são apreendidos por falta de documentação”, afirmou.

Conforme Rafael, o trabalho em conjunto com outras forças consegue inibir muito mais a entrada e saída de produtos ilícitos no Brasil.

Posto da Receita Federal na fronteira com a Bolívia e Corumbá.
Posto da Receita Federal na fronteira com a Bolívia e Corumbá.

Marinha do Brasil na Operação - A operação também conta com a Marinha do Brasil em Ladário. Militares da Marinha estão integrados a um efetivo de quase 7 mil homens das Forças Armadas responsáveis pela fiscalização no rio Paraguai.

Neste período, a Marinha utiliza os navios de assistência hospitalar em ações cívicas sociais direcionadas a populações ribeirinhas. Eles levam atendimento médico, odontológico, distribuem medicamentos gratuitamente e aplicam vacinas.

Nome da operação - De acordo com o capitão de Mar e Guerra Wagner Freitas, toda ação conjunta que envolve as forças armadas e os demais órgãos de segurança é dado o nome de pedras preciosas. Por causa disso a operação foi batizada de Ágata que é um tipo de quartzo.

A operação já está na terceira edição, Ágata 1 foi na região Norte e Ágata 2 na região Sul e Centro-oeste. As duas também foram este ano e teve o mesmo objetivo de combater o crime nas regiões transfronteiriças.

Helicóptero da Marinha pousando no navio Parnaíba no rio Paraguaio. A aeronave também poderá será usada na operação, que está em andamento.
Helicóptero da Marinha pousando no navio Parnaíba no rio Paraguaio. A aeronave também poderá será usada na operação, que está em andamento.
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