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Economia

Após demissões e falta de pagamento, Casa de Carne fecha todas as unidades

Mariana Rodrigues | 19/02/2016 17:39
Uma das poucas unidades que ainda estava atendendo, na Mascarenhas de Moraes, agora está com as portas fechadas. (Foto: Fernando Antunes)
Uma das poucas unidades que ainda estava atendendo, na Mascarenhas de Moraes, agora está com as portas fechadas. (Foto: Fernando Antunes)

Após apresentar problemas para homologar rescisões de trabalhadores que foram demitidos no fim do ano passado, a Casa de Carnes Regional fechou as portas das últimas quatro unidades que restavam em Campo Grande, segundo o SECCG (Sindicato dos Empregados no Comércio de Campo Grande).

Em uma das poucas unidades que ainda estava em funcionamento, localizada na Avenida Mascarenhas de Moraes, a agora há uma faixa informando que em breve uma nova casa de carnes irá atender no local. No site do estabelecimento há apenas quatro endereços onde ainda era possível encontrar o empreendimento, porém nenhum dos telefones informados atende as ligações.

Ao todo, foram 20 funcionários demitidos que não receberam suas rescisões. Nesse período cinco lojas haviam sido fechadas e os colaboradores que ainda estavam trabalhando, reclamavam da falta de pagamento referente ao mês de dezembro e do 13° salário.

No começo deste mês, a empresa pagou parte da rescisão destes trabalhadores em dinheiro e o restante vai ser pago mediante ação judicial, com isso os funcionários puderam requerer o direito de retirar o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e seguro-desemprego.

Na época, o presidente do Sindicato do Comércio, Idelmar da Mota Lima, informou que acionou a assessoria jurídica para entrar com ação em favor dos trabalhadores. "A intenção da empresa é chegar a um acordo de parcelamento de pagamento dos direitos dos empregados. O parcelamento só é possível por intermédio de acordo judicial e não por intermédio direto do sindicato".

Hoje (19), o sindicato informou que fechou acordo com representantes da Casa de Carnes e por meio do departamento jurídico, garantiu a esses empregados o direito ao FGTS e seguro-desemprego. "A previsão é que em 30 dias esses trabalhadores consigam receber seus benefícios", afirma o diretor de Comunicação do Sindicato, André Luiz da Silva Garcia.

O advogado Cláudio Guimarães explica que, quando a demissão é realizada sem a culpa do empregado e a empresa deixa de homologar e de pagar as verbas rescisórias, causando prejuízos ao empregado, é caso de ação trabalhista com pedido de tutela antecipada para o saque do FGTS e habilitação no seguro-desemprego.

Outras lojas - O mesmo aconteceu com a loja Luigi Bertolli, que funcionava no Shopping Bosque dos Ipês e fechou às portas no dia 4 de janeiro deste ano, conforme noticiado pele Campo Grande News.

Somente hoje, mais de um mês após o fechamento, a loja efetuou a rescisão dos 12 funcionários demitidos com o encerramento das atividades da unidade em Campo Grande. Após um acordo judicial esses funcionários conseguiram homologar suas rescisões e com isso terão direito ao FGTS e seguro-desemprego.

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