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Economia

Cesta básica de Campo Grande sobe 6,05%, maior percentual do país

Mariana Rodrigues | 07/05/2015 20:02
Tomate volta a ser o vilão, após subir 45,98%. (Foto: Marcelo Calazans)
Tomate volta a ser o vilão, após subir 45,98%. (Foto: Marcelo Calazans)

O custo da cesta básica subiu 6,05% em Campo Grande no mês de abril. O  percentual é o maior do país, de acordo com pesquisa feita pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos). Das 18 capitais pesquisadas, apenas Manaus (-1,73%) apresentou retração no custo da cesta.

Os 13 itens que compõe a pesquisa apresentaram um aumento em R$ 19,81 em relação à cesta de março (R$ 327,67), o que elevou em abril esse custo para R$ 347,48 na Capital. O menor custo da cesta foi registrado em Aracaju/SE (R$ 281,61), apesar da variação de 3,07%.

Dentre os produtos pesquisados, o tomate voltou a ser o vilão e apresentou maior variação (45,98%), seguido pela banana nanica (10,20%) e o leite (5,22%). Os fatores que contribuíram para a forte alta, foi a combinação do período de entressafra do tomate e a crise hídrica com redução da área plantada.

Dos produtos que apresentaram reduções nos preços estão a batata (-8,39%), o feijão (-4,17%), o açúcar (-3,66%), a manteiga (-0,45%) e a farinha de trigo (-0,41%). O feijão reverteu a posição do mês anterior, quando apresentava alta de 4,8%. Segundo o levantamento, a realização de um leilão no começo do mês de abril que incluiu a cidade de Maracaju no processo, pode explicar essa queda no preço do feijão após a alta observada anteriormente.

Em período de entressafra, o preço do leite registrou expressiva alta (5,22%), mas de acordo com o Dieese, essa tendência pode ser revertida se o plano de fomentar a produção, iniciativa promovida pela Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) em parceria com os governos locais, em nível estadual e municipal, entre outros, e que teve início no mês passado, for bem sucedida. Deste modo, os preços da manteiga (-0,45%) também tendem a se manter em baixa.

Após a forte alta observada no mês anterior, o preço do café (0,79%) teve uma variação discreta, mas que permitiu que os preços se mantivessem em alta. Segundo a pesquisa, o leilão feito pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) dos grãos antigos em estoque, com valores ajustados ao mercado, também permitiu que os preços da produção atual se mantivessem elevados.

Somente o açúcar (-3,66%) reverteu a tendência de alta registrada no mês anterior; os preços do óleo de soja (3,18%) e da carne bovina (2,37%), especialmente deste último, registraram importante alta, que encareceu a vida dos campo-grandenses.

A soja e a carne, principais itens de exportação do Estado, foram afetados pelos problemas com a paralisação dos caminhoneiros que ocorreu no começo do ano e no final do mês passado, além do incêndio no porto de Santos, contudo, os produtores não baixaram os preços para os consumidores, na expectativa de que a normalização desta situação temporária seria logo compensada.

No caso da carne, a baixa oferta dos animais também contribuiu para que os preços se mantivessem em elevação. Já para a oleaginosa, os produtores seguraram os estoques esperando nova alta do dólar, favorável para estes, especialmente quando se considera o aumento da demanda externa.

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