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Meio Ambiente

Escorpiões representam 47% dos ataques de animais peçonhentos

Viviane Oliveira | 15/02/2015 09:23
Escorpião amarelo gigante é o mais perigoso, no entanto todos eles são venenosos. (Foto: arquivo/Cléber Gellio)
Escorpião amarelo gigante é o mais perigoso, no entanto todos eles são venenosos. (Foto: arquivo/Cléber Gellio)

No ano passado, os escorpiões foram responsáveis por 47% dos 550 acidentes causados por animais peçonhentos venenosos em Mato Grosso do Sul, de acordo com o Civitox (Centro Integrado de Vigilância Toxicológica), em Campo Grande. No total, foram 259 casos de picadas de escorpião em humanos e um registro em bicho.

Ainda foram contabilizados 117 acidentes com serpentes, 70 com aranhas e 97 com outros animais peçonhentos venenosos. Nenhuma morte foi registrada nos últimos dois anos no Estado.

A farmacêutica do Civitox, Flávia Luiza de Almeida Lopes, diz que os cuidados para evitar acidentes com esses bichos devem ser tomados durante o ano inteiro, no entanto, os casos aumentam nos meses mais quentes e chuvosos do ano, de setembro a março. “Nas áreas agrícolas podem ocorrer acidentes no período em que há maior fluxo de pessoas nas aéreas de trabalho”, pontua.

Em caso de acidente, o paciente picado deve procurar imediatamente atendimento médico e se possível, com segurança, levar o animal até a unidade. Nunca se deve amarrar, cortar, nem jogar produtos químicos no local da picada e muito menos se automedicar. A pessoa picada ou um parente pode ligar no 0800 722 6001 para ter mais informação de como proceder até a chegada do socorro.

Acidente com escorpião deve ter atenção redobrada, pois todos eles têm veneno independente do tipo, explica a bióloga Sílvia Barbosa do Carmo, chefe do setor de controle de roedores, animais peçonhentos e sinantrópicos do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses).

Em janeiro deste ano, a cabeleireira Patrícia Silva de Souza, 27 anos, quase foi picada por um escorpião, quando aguardava na sala de espera do Hospital Regional para fazer exame de rotina. O bicho chegou a subir nas costas da mulher. Em fevereiro de 2014, escorpiões foram encontrados em um ralo do CTI (Centro de Terapia Intensiva) da Santa Casa. Por sorte, ninguém foi picado.

Farmacêutica do Civitox dá dicas de como evitar visita indesejável de animais peçonhentos.  (Foto: arquivo/Cléber Gellio)
Farmacêutica do Civitox dá dicas de como evitar visita indesejável de animais peçonhentos. (Foto: arquivo/Cléber Gellio)

Cuidados - Para evitar visitas desagradáveis ou acidente com bichos venenosos cuidados como manter a casa e o quintal limpo são fundamentais. Outra coisa importante é não deixar restos de materiais de construção estocados como entulhos. Ralos de pias, banheiros, caixas de gorduras e de energia elétrica devem ficar sempre tampados, assim como frestas das calçadas, paredes, pisos e portas.

Quem é do campo ou trabalha em jardinagem deve usar sempre luvas, camisas de mangas compridas, calças e calçados apropriados. Antes de colocar o calçado é indicado que bata-os contra o piso, certificando, assim que nenhum bicho está alojado no local. A lagartixa doméstica ajuda no controle de insetos, inclusive de aranhas e escorpiões.

Mortes - No dia 5 de janeiro de 2012, Márcio Paulo de Souza, de 27 anos, morreu picado por uma cobra cascavel extremamente venenosa. O rapaz tomava banho na cachoeira da Antena no Bairro Vila Nascer, em Campo Grande, quando sentiu a picada.

Em outubro de 2011, Maria Eduarda Esquizel Rissi, 3 anos, morreu ao ser picada por um escorpião amarelo gigante. A criança foi picada por um tipo de escorpião que é considerado o mais venenoso e que tem sido encontrado com mais facilidade no Estado. Em qualquer um dos casos, a medicação com o soro antiofídico em menor tempo possível é determinante para que a vítima sobreviva.

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