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Política

Bernal não envia representante e manda filmar audiência na Câmara

Nícholas Vasconcelos e Viviane Oliviera | 13/03/2013 19:39
Câmara ficou lotada de professores que foram discutir cancelamento de reajuste. (Foto: João Garrigó)
Câmara ficou lotada de professores que foram discutir cancelamento de reajuste. (Foto: João Garrigó)

O prefeito de Campo Grande Alcides Bernal (PP) não enviou representante para a audiência na Câmara de Vereadores que discutiu nesta quarta-feira (13) a possível suspensão do aumento de 22% concedido aos professores no ano passado. No entanto, Bernal enviou a equipe de televisão da produtora VCA, que presta serviço para a Prefeitura, para filmar os profissionais que participavam do debate e também vereadores.

Com a Câmara cheia, os vereadores questionaram a ausência do prefeito e do secretário de Educação, José Chadid. Já o líder de Bernal na Casa de Leis, Alex do PT (PT), acabou vaiado ao defender a analise do aumento.

A audiência foi convocada pela comissão de Educação e Desporto e contou com a presença dos presidentes da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação), Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), e da promotora Cristiane Mourão, do MPE (Ministério Público Estadual).

A presença da equipe de filmagem causou indignação entre os vereadores. Grazielle Machado (PR), ocupou a tribuna para criticar a postura do prefeito da Capital. “Pode filmar, pode gravar o que eu estou falando mesmo”, declarou.

Grazielle disse que concorda com o direito da imprensa, no entanto questiona a ausência de um representante da administração municipal. “Você Alcides Bernal gosta de conversar só pelo Facebook, vamos conversar. Por que você não veio hoje? Os professores estão esperando uma respota”, disse.

Já Alex foi vaiado pelos professores no momento em que disse que Bernal questionou também o aumento dado ao salário de prefeito e também aos vereadores.

Promotora afirmou que pedido de investigação partiu do prefeito Alcides Bernal (PP). (Foto: João Garrigó)
Promotora afirmou que pedido de investigação partiu do prefeito Alcides Bernal (PP). (Foto: João Garrigó)

De acordo com a promotora, que vai ser responsável pela investigação reafirmou que o questionamento sobre o aumento partiu do prefeito, não do MPE. Ela disse que a investigação vai durar 90 dias, podendo ser prorrogada por mais 90 dias e que todo processo vai correr com cautela.

Vereadores que apoiaram Bernal nas eleições do ano passado também reagiram a falta de um interlocutor da administração municipal. “Prefeito eu te apoiei no segundo turno, estava disposta a passar toda questão da Educação para ele, mas não tive oportunidade”, comentou a vereadora Professora Rose Modesto (PSDB).

Já Paulo Pedra (PDT) brincou que o chefe do Executivo precisa “Calçar as sandálias da humildade parar com a mania de perseguição”.

Para o presidente da Fetems, Roberto Botarelli, a audiência para discutir o piso de R$ 1.567 é desnecessária e que deveria ser convocada uma discussão para discutir um aumento maior.

Opinião compartilhada pelo dirigente da ACP, Geraldo Alves Gonçalves. “É uma Lei, que foi aprovada no ano passado e que nós temos o direito de receber”, disse. Gonçalves disse ainda que o pedido não partiu da categoria, já que o pedido foi encaminhado pelo ex-prefeito Nelson Trad Filho (PMDB). Para ele, a audiência foi positiva porque a Câmara está orientada como proceder.

Em audiência com a ACP, na segunda-feira (11) Bernal disse que cumprirá o acordo com a categoria independente da decisão do MPE.

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